GASTRONOMIA

Celebrada por gerações de leitores e alçada a ícone pop, Clarice Lispector ganha homenagem na semana em que completaria 105 anos. A programação de Teatro do Belas recebe Água Viva Clarice: Um ato poético”, espetáculo encenado pela atriz, cantora e performer Natalia Barros.

Ná Ozzetti e Suzana Salles comemoram seus aniversários (ambas nasceram em 12/12) com muita música e convidados especiais: Paulo Padilha, Luiz Tatit, Lincoln Antônio e mais queridas participações surpresa.

Conhecida no cenário musical por seus grandes bailes que tem como marca registrada um refinado repertório de música brasileira de todos os tempos, a Banda Glória, que em 2026 completará 30 anos, apresenta o Baile da Glória. Um show que vai de Dorival Caymmi e Noel Rosa a Caetano Veloso e Gilberto Gil. Passando pelos clássicos sambas de Paulinho da Viola, Chico Buarque e Djavan às pérolas cantadas por Clara Nunes, Elis Regina e Maria Bethânia. Num outro momento do show, o destaque fica para os frevos emblemáticos cantados por Gal Costa e os xotes e baiões de Luiz Gonzaga e Dominguinhos. Esse grande festejo dançante finaliza com os hits de Rita Lee, Tim Maia e Jorge Ben Jor.

Jadsa é baiana de Salvador, cantora, compositora, guitarrista, produtora e diretora musical. Este ano lançou seu mais novo álbum “big buraco”, pelo selo RISCO. O trabalho já foi apontado pela APCA e Uol como um dos melhores do ano.

No repertório da atual apresentação, músicas de Severino, com parceiros, como Um chorinho pra clarinete; Mirando-te; Oh, clarinete gostoso!; Espinha de Bacalhau; Chorinho pra você; e outras.

Atividade dedicada à experimentação têxtil e ao bordado livre. Não é necessário conhecimento prévio — apenas interesse em explorar novas formas de expressão.

Com a diversidade de repertório apresentada durante a temporada de concertos em 2025, marca registrada da Ofisa, o concerto de encerramento conta com as melhores obras apresentadas, votadas pelo público e analisadas pela explosão de palmas ao final da música, pelos registros realizados dos concertos.

Quarteto de cordas que mescla a música popular brasileira com a qualidade sonora e técnica da música tradicional de concerto. Trazem no repertório arranjos de composições de grandes ícones como Chiquinha Gonzaga, Tom Jobim, Dominguinhos, Chico Buarque, escritos especialmente para o projeto. Têm uma pesquisa de experimentação de novos timbres, contendo também no repertório improvisação livre.

Tradicional festa de hip-hop, a Alt Hop realiza sua edição 68.

O JazzB apresenta o grupo Bruno Migotto & O Instituto para o show de lançamento de seu álbum de estreia homônimo. O projeto reúne músicos da cena paulistana em uma performance focada na música autoral e na exploração de novas concepções rítmicas e harmônicas.Concebido inicialmente nas aulas de ritmo ministradas por Bruno Migotto, o grupo se consolidou através de um processo criativo colaborativo, onde as composições são desenvolvidas coletivamente. O trabalho situa-se além de classificações genéricas, mesclando jazz contemporâneo com influências brasileiras e utilizando recursos como a polirritmia e a modulação métrica.

O "Reverb", é um projeto independente da Ruido, um coletivo audiovisual independente, que nasceu com o intuito de registrar os cenários da música, arte, moda, cultura urbana e comportamento, através de um olhar documental.O REVERB chega com força para dar voz à cultura, comportamento e estilo. O primeiro episódio mergulha no universo do Funk Paulista – Moda e Estética, revelando como o Funk influencia o jeito de vestir, de se expressar e de ocupar espaços. O projeto será feito em formato mini documental, que conecta temas sociais e comportamentais a entrevistas com especialistas e personalidades, criando um conteúdo vivo, informativo e cultural.

Adeus, deus (2005), coreografia do Balé da Cidade de São Paulo, é um poema físico sobre o desapego à vida e o confronto entre corpo e consciência. A obra retrata o encarceramento interior e o embate entre vontade e desejo, culminando no tédio e na inevitabilidade da morte. No momento final, resta apenas a certeza do fim, sem esperança, com espasmos de vida agonizante. O corpo torna-se grito e silêncio, vestígio e manifesto. Na melancolia, há uma trégua, uma conciliação com a própria impotência.

Maré de Histórias é um convite para um banho de carinho e imaginação através da leitura compartilhada. Crianças até 6 anos e pessoas cuidadoras embarcam em uma jornada por mares de afeto, narrativas e descobertas, explorando o acervo de literatura infantil da Biblioteca do Sesc 24 de Maio.Desenvolvidas por Antonio Carvalho e Dri Sumi, pessoas educadoras do Espaço de Brincar, as oficinas buscam explorar as diferentes fases do aprendizado de bebês e crianças de 0 a 6 anos, acompanhados de suas pessoas adultas, através de brincadeiras, elementos sensoriais diversos e manualidades.

A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin apresenta a exposição Para além da biblioteca: As experiências seriais do Lab[au], mostra do coletivo belga formado por Manuel Abendroth e Jérôme Decock.Inspirada pela metáfora borgiana da Biblioteca de Babel, a mostra articula obras que deslocam a noção de arquivo como repositório de saber para entendê-lo como campo de operações em constante mutação. O Lab[au] atua nesse interstício: não ilustra a biblioteca, mas infiltra nela seus próprios protocolos — algoritmos, permutações, sequências numéricas, códigos que ora se tornam visíveis, ora permanecem latentes.

Última obra publicada ainda em vida do compositor, a Sinfonia nº 6 – Patética segue o ciclo dedicado a Tchaikovsky que a Osesp realiza ao longo do ano. Uma das obras mais importantes e mais conhecidas do compositor, costuma ser ligada aos eventos trágicos que envolvem sua morte. A essa obra emblemática, o programa combina a Messa di Gloria, de Puccini, para orquestra, coro e solos de tenor e barítono. Escrita antes que o compositor se consagrasse como autor de óperas, mas já trazendo características presentes nos títulos que fariam sua fama, a Messa di Gloria foi escrita como o exercício de graduação de Puccini no Istituto Musicale Pacini, de Lucca (sua cidade natal), e foi bem recebida desde sua estreia, em 1880.

Direto do underground de Tóquio para os palcos do mundo, as The 5.6.7.8’s finalmente trazem seu rock ’n’ roll para o Brasil! Desde 1986, as irmãs Ronnie (Yoshiko Fujiyama) e Sachiko entregam uma fusão explosiva de rockabilly cheio de atitude, com uma mistura de garage rock e punk.Agora, em dezembro de 2025, as The 5.6.7.8’s fazem sua primeira turnê no Brasil, que terá dois momentos imperdíveis: um show incendiário no Psica Festival, em Belém, e uma apresentação especial no Cine Joia, em São Paulo.

O Estúdio de ópera da Escola Municipal de Música de São Paulo (EMM), composto por destacados jovens cantores, coordenado pelo Maestro Alessandro Sangiorgi, prepararam a obra de Giacomo Puccini, “Suor Angelica”.A ópera, em um só ato, parte do Il Trittico, se passa num convento na Itália do século XVII e conta a história da jovem Angelica, forçada pela família a se tornar freira, após ter um filho fora do casamento.

A artista visual mexicana Carmen Mendoza Chavez apresenta a mostra solo “Toda a floresta grita” no novo espaço de exposições e estúdios de artistas da Uberbau_house, no Centro Histórico de São Paulo.Curada por Ricardo Guzmán, a exposição - que é a sua primeira no Brasil, revela 9 peças de desenho têxtil, que oscilam entre a paisagem, a referência às imagens obtidas por ressonâncias magnéticas do cérebro e uma pequena instalação que contém, além de um terno de vestir intervencionado, uma série de desenhos de silhuetas de árvores que o rodeiam.

Espetáculo narra o encontro da jovem Umzimba com uma figura mística que a presenteia com cabaças, frutos místicos e ancestrais, e a conduz a um mergulho profundo nas memórias e forças que habitam sua história. Inspirado na tradição da etnia Xhosa Sul-Africana, que conta que o mundo se origina de uma cabaça, o espetáculo é uma celebração da vida e do poder contido em nossas heranças culturais.

O pianista pernambucano Amaro Freitas, um dos nomes mais celebrados do jazz contemporâneo, apresenta o espetáculo “Espelho/Miroir”, criação inédita desenvolvida no âmbito da Temporada França–Brasil 2025. O projeto reúne quatro artistas de destaque das cenas musicais de Recife e Nantes: Henrique Albino (sax e flauta), Marie-Pascale Dubé (voz) e Joachim Florent (contrabaixo), ao lado do pianista.No cruzamento simbólico entre as histórias de Recife e Nantes — cidades portuárias profundamente marcadas pelo passado colonial e pelo tráfico negreiro — surge a criação do quarteto “Espelho/Miroir”. A proposta, idealizada pela Pannonica, convoca elementos como cidade, floresta, migração e povos originários para construir uma obra musical que ecoa as águas e memórias que ligam os dois territórios.

Formado por cinco mulheres musicistas de Sorocaba e região, o Grupo Choramingando une as experiências de suas integrantes para valorizar o protagonismo feminino no Choro. Em seu repertório, estão clássicos tradicionais e composições atuais desse importante gênero, principalmente de compositoras mulheres como Luciana Rabello, Daniela Spielman, Thanise Silva, Ângela Coltri, Luisa Mitre e composições autorais.

O tempo passa feito ventania e não apaga a chama de Luiz Gonzaga, Gonzagão ou Mestre Lua, para os mais íntimos. Anná mergulha de corpo e voz no repertório do Rei do Baião no dia de seu aniversário. A ventania do tempo faz o fogo crescer e virar fogueira de São João.Misturando clássicos como "Xote das Meninas" com raridades como "Adeus Iracema", Anná homenageia o icônico Luiz Gonzaga com canções que atravessam gerações e marcam o cancioneiro popular brasileiro.

Stefanie, importante nome do rap paulista, entrega ao público o primeiro álbum de estúdio da carreira, Bunmi (2025). São dez composições que destacam a força das rimas, discurso político e a produção de Daniel Ganjaman e Grou.

O rapper Dexter celebra 35 anos de carreira com o show da turnê D’LUXO, que resgata os clássicos da fase 509-E e traz releituras potentes com arranjos inéditos e beats produzidos pelo duo Tropkillaz. Com banda completa no palco, o espetáculo entrega potência musical, presença cênica e uma viagem sonora pela trajetória de um dos maiores nomes do rap nacional.

O baterista Edu Ribeiro e o pianista Tiago Costa trazem esse novo show para celebrar a união de duas gerações de músicos, uma representada por eles e a outra por Théo Ribeiro (contrabaixo) e a cantora Olivia Monaco. O repertório traz, além de obras autorais como "Cebola no Frevo" e "Maracatim" de Edu Ribeiro, canções que representam esses dois momentos como "Loro" de Egberto Gismonti e "Milonga Gris" de Carlos Aguirre.

A Banda Karnak retorna aos palcos com o lançamento de KARNAK MESOZÓIKO, um álbum que mistura música, ficção e arqueologia emocional. Produzido por André Abujamra, o disco nasce de uma história inventada sobre uma fita-demo perdida, encontrada durante a demolição de um prédio onde morava um primo do vocalista. A narrativa, inspirada na lógica invertida de “Star Wars”, transforma o álbum em uma espécie de episódio zero da trajetória da banda.Com 11 faixas que transitam entre o espírito dos anos 80 e reflexões contemporâneas, KARNAK MESOZÓIKO é uma cápsula do tempo que desafia o presente. O show de lançamento no Blue Note São Paulo será uma celebração dessa viagem sonora e conceitual, com a irreverência e o ecletismo que tornaram o Karnak uma referência na música brasileira. Prepare-se para um espetáculo que mistura performance e a energia única de uma banda que nunca deixou de reinventar sua própria história.

O documentário “O Riso da Mata” conta sobre o encontro entre palhaços e “fazedores de riso” de diferentes povos indígenas que brincando juntos lembraram que são parentes. O filme recebeu o prêmio do júri de melhor audiodescrição no Verouvindo Festival em Recife (2022). Em seguida, no bate-papo “A palhaça juruá-cupê-cabeça seca” a palhaça Priscila Jácomo vai contar todas as trapalhadas que viveu nos encontros com “fazedores de riso” de diversos povos indígenas e vai refletir sobre a ideia de “verdade única” imposta pelo colonizador e como esta ideia violenta mundos plurais que coexistem no planeta.

Na mitologia dos Orixás, quem criou o mundo foi Olodumaré, mas ele não criou sozinho. Essa é a história de um menino que se transformou em um grande curador. Essa e outras histórias dos Orixás estão nessa contação.

O pianista Cristian Budu, uma das vozes mais expressivas da nova geração da música clássica, e o renomado percussionista Edmundo Carneiro se reencontram no palco da Estação Motiva Cultural para tocar Pau-Brasil, disco que gravarão ainda em novembro e ganhará essa imperdível pré-estreia em São Paulo, estado natal de ambos. Neste programa, o piano erudito se une à percussão popular em obras de Chiquinha Gonzaga, Camargo Guarnieri e Radamés Gnattali.

Criolo mostra o show Criolo 50, iniciativa que celebra os 50 anos de vida e carreira de um dos nomes mais originais da música brasileira contemporânea. Com um show que mistura o rap e gêneros como o samba e a MPB, o cantor explora todos os seus álbuns.

Homenagem e espalhamento do som pulsante e envolvente do forró — do xote ao baião — em uma experiência única e dançante. Uma verdadeira celebração à cultura nordestina, com clássicos que marcaram gerações e seguem ecoando pelo Brasil afora. O projeto é idealizado pelo premiado músico e produtor Pupillo, ex-integrante da banda Nação Zumbi, e conta com os cantores Assucena, Céu e Otto.

A instrumentista Xeina Barros apresenta o show “Samba com tamanco”, com um grupo de musicistas mulheres. O repertório mistura composições autorais e clássicos do samba e da cultura popular. Xeina é referência na percussão e já atuou com grandes nomes da música brasileira.

Com cerca de 40 obras – algumas inéditas - dos artistas Andre Filúr, Elton Hipólito, Luiz 83 e Michel Onguer, ""Cartografias do Invisível"", traz artistas que despontam no circuito das artes com obras que transitam entre a religiosidade e questionamentos acerca do espaço urbano.A mostra reúne artistas cujas trajetórias apresentam a similaridade do autodidatismo. Dentre símbolos afro-indígenas, escobros da cidade e pinturas, eles têm em comum pontos de partida em muros da cidade, ou no trabalho de montagem de exposições, restauro de obras de arte, ou na arte-educação.

A cantora Quésia Neves apresenta um show dedicado aos sambas e pagodes que fazem parte da história da nossa música. O repertório passeia por obras marcantes como "Sorriso Negro", "Coisinha do Pai", "Disritmia", "Pé na Areia", "Trajetória", "Fim de Tarde" e "Sorte", entre outras canções, que atravessam gerações e seguem presentes em rodas, encontros e celebrações populares.

No show Uma Outra Face, a cantora, judia de origem árabe, celebra mais de 30 anos de carreira, reafirmando sua brasilidade. Este espetáculo explora uma outra persona dessa artista tão plural e eclética desde o início de sua trajetória musical. Fortuna reforça sua brasilidade cantando samba, além de canções brasileiras e judaicas, que dialogam e entrelaçam o frevo e o Klezmer, manifestação musical dos povos judaicos da Europa oriental e cirandas do Oriente Médio e Brasil. Outras influências, como as latinas, são resgatadas nesse show, ao passo que sua mãe, portenha, é lembrada em canções de Mercedes Sosa.

Fraterna Trip - a banda realiza o show de despedida de Salau, baterista da formação original, e também o fim da era Deixa Eu Te Provar de Novo, preparando o terreno para o álbum que vem em 2026.Verdan - Formada em 2019 em Guarulhos, a Verdan traz o peso do indie melancólico, com riffs dançantes e melodias que ficam na cabeça. O trio formado por Victor Senna, Pedro Felipe e Guilherme Dutra transforma nostalgia em som, revelando o lado bonito da melancolia.

A Galeria Mayer Mizrahi inaugura exposição marcando o lançamento da série Suíte Tropical, uma seleção de dez obras de Di Cavalcanti realizadas em serigrafias certificadas pela filha do artista Elisabeth di Cavalcanti, reunidas com o propósito de ampliar o acesso à visualidade intensa e calorosa de um dos grandes nomes da arte brasileira. O conjunto se organiza em torno de temas recorrentes na obra de Di Cavalcanti: o corpo, a festa, o cotidiano, as mulheres, os ritmos da cor e da vida. O título suíte é uma referência à forma musical que evoca uma sequência de movimentos harmônicos, mas também uma expressão que dialoga com a tradição de grandes séries gráficas da arte, como a Suíte Vollard, de Pablo Picasso, e a Suíte Pernambucana, de Cícero Dias, ambas marcadas pela ideia de conjunto como variação e permanência.

Duas mulheres desconhecidas, ambas chamadas Alice, encontram-se em um lugar indefinido à espera de não se sabe quem. O diálogo entre elas revela aos poucos suas histórias e também o que mais as duas têm em comum além do nome.

Em 2025, Letrux comemora 20 anos de sua primeira apresentação ao vivo com um show inédito, que revisita e reverencia a efervescente cena alternativa brasileira dos anos 2000 e 2010. Agora, a artista se afasta da crítica social incisiva e das narrativas intensas que marcam sua discografia para explorar um lado menos óbvio da música alternativa brasileira: a suavidade. Letrux 20 Anos Alternativa é um documento vivo de uma geração que transformou a MPB, incorporando psicodelia, eletrônica, jazz, samba, rock e pop em um caldeirão estético ousado e autêntico.

Se você ouviu a nova versão de Modern Love em Vale Tudo, já sabe que essa voz é uma experiência sensorial completa. Em dezembro, Zaho de Sagazan faz seu primeiro show no Brasil.

A livraria e o restaurante no Copan celebram meia década de existência, com uma roda de samba para um entardecer de domingo.

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“Restinga de Canudos” enxerga as ruínas de Canudos, cidade submersa, e mergulha nas águas do açude de Cocorobó em busca das histórias de suas gentes. Para além da visão de Euclides da Cunha e da narrativa do massacre, o espetáculo recria, a partir dos olhos de duas professoras, uma comunidade viva, forte, próspera e vitoriosa na invenção de formas próprias de existência. “Restinga de Canudos” traz professoras, beatos fazendo reza, guerra e festa numa Canudos recriada para o tempo presente.

Programação queridinha do público do Cine Belas Artes, o Belas Sonoriza fecha o ano colecionando sessões lotadas. Yellow Submarine (1968), de George Dunning, ganha trilha sonora ao vivo: o longa, com altas doses de psicodelia, cores vibrantes e humor surrealista, é um dos musicais mais amados de todos os tempos.

Neste espetáculo, os pequenos e suas famílias são convidados a mergulhar em um universo sonoro único, feito de sons, silêncios, movimentos, cantos, instrumentos e encantamentos. O repertório reúne músicas clássicas e populares de diferentes épocas e culturas, que se misturam com composições criadas pelos artistas do MuMo em improviso com o público.Mais do que um concerto, “MuMo: Um pouco de tudo” é um encontro que valoriza a escuta, a imaginação e a interação, despertando sensações e memórias desde a primeira infância.

A exposição Exteriores, do consagrado fotógrafo brasileiro Bob Wolfenson, composta por um conjunto de 53 fotografias, apresenta uma crônica visual da diversidade humana, revelando corpos em movimento, expressões passageiras e instantes únicos capturados nas ruas de diferentes cidades ao redor do mundo.Ao longo de cinco décadas de carreira, Wolfenson consolidou-se como um dos maiores nomes da fotografia brasileira, conhecido por seus retratos de personalidades, imagens de moda e produções em estúdio. Em Exteriores, ele percorre o caminho oposto ao controle do ambiente fechado e mergulha na imprevisibilidade do espaço público, de tudo que lhe é “exterior”. O olhar do fotógrafo se volta para o acaso, para o fluxo das cidades e seus habitantes anônimos – pessoas atravessando faixas, distraídas em pensamentos ou em contato breve com a câmera.

A atriz Sylvia Prado comemora além do meio século de existência, os 27 anos de bigorna, de malho, de lapidação no ofício de Atriz, Matriz, Mãe, Mulher. O esplendor da Fera é seu primeiro monólogo, texto recriado a partir da obra A filha da Monga, de Luiz Marfuz.No centro da peça está Luzia, uma jovem arrancada da infância para substituir a mãe no papel da mulher que vira monstro num parque de diversões. Explorada e silenciada, ela se revolta, é presa e passa a (re)contar a própria história a uma psiquiatra forense numa luta por sua liberdade. O espetáculo revisita a jornada de faltas e afetos dessa mulher, dividida entre a realidade e a imaginação, e celebra a potência de Sylvia em cena.

A exposição Onde as borboletas não habitam, inspirada no livro homônimo de Luciane Bonace, que também assina a curadoria ao lado de Karen Zolko. A obra, baseada em fatos reais, narra a história de crianças e adolescentes levados ao campo de concentração de Theresienstadt (atual República Tcheca), durante o nazismo, e que encontraram na arte uma forma de resistência e de dignidade. Sob a orientação da artista e professora Friedl Dicker-Brandeis, formada pela Bauhaus, essas crianças transformaram medo em expressão e dor em criação. A mostra propõe uma experiência sensível e educativa, dividida em dez painéis imersivos que combinam arte, história e memória. A narrativa amplia o olhar sobre o Holocausto, conectando-o a contextos contemporâneos de intolerância, guerra e vulnerabilidade social, lembrando que a arte e a empatia continuam sendo formas de resistência.

Antes do início dos ensaios, a equipe do espetáculo lançou uma chamada: “Procura-se um pai” e se encontrou com alguns dos inscritos para descobrir o que estes fariam se fossem o pai da peça. A partir dessas audições, a peça elabora histórias de paternidade em conversa com o livro “Quem matou meu pai” do autor francês Édouard Louis. Caio Scot e Felipe Rocha encenam as dificuldades de representar esses papéis – tanto na vida quanto no palco. Entre a ficção e o documental, “Papaizinho,” escava os estereótipos que moldam o imaginário de pai e filho.

Concebido para criar uma atmosfera mágica, onde a música se torna a grande protagonista, este projeto encanta os espectadores com um espetáculo sinestésico de luzes e sons.

Com dramaturgia de Ave Terrena e direção de Diego Moschkovich, o espetáculo revisita os impactos da ditadura a partir de uma ficção em que a Lei da Anistia é revogada. Em cena, atores permanecem o tempo todo no palco, compondo um mural vivo de testemunhos, documentos históricos e projeções que articulam memória, justiça e passado recente do país.

A pergunta título da exposição norteia as ações da Casa de Criadores (CdC), como maior plataforma propulsora da moda e demais segmentos criativos autorais no Brasil. Nesta edição N57, ela se torna ainda mais palpável ao tomar corpo numa exposição que recebe as criações de 15 estilistas participantes na edição 2025 do evento.

A Unibes Cultural apresenta ao público a exposição Mooca Judaica: histórias e memórias de uma comunidade, concebida a partir das pesquisas de Adriana Abuhab Bialski e Myriam Rosenblit Szwarcbart, sob a curadoria da historiadora Maria Luiza Tucci Carneiro. A mostra reúne fotografias, depoimentos e outros tantos registros que evidenciam a trajetória da comunidade judaica na Mooca, resgatando tradições, preservando e valorizando memórias vinculadas a um patrimônio cultural único e pouco conhecido. A mostra é um desdobramento do projeto Comunidade Judaica da Mooca, desenvolvido desde 2023 com o apoio de representantes comunitários oriundos do bairro.

Céu de Pêssego, primeiro trabalho da Quasar Cia de Dança criado em São Paulo, nasceu do encontro entre o coreógrafo Henrique Rodovalho e oito artistas da dança, de diferentes gerações: Carolina Amares, Daniela Moraes, Fabiana Nunes, Jorge Garcia, Lavínia Bizzotto, Luciane Fontanella, Luiz Oliveira e Samuel Kavalerski. Inspirado no instante raro em que o céu se tinge de tons de pêssego, o novo espetáculo reflete sobre a efemeridade, o desejo e a beleza do momento presente. A coreografia combina a personalidade do elenco com o estilo consolidado da Quasar, que une inventividade dos movimentos, humor e plasticidade cênica.

No espetáculo, um ambicioso e famoso ator chamado Gabriel De Beaumont (Maurício Machado) é convidado por um excêntrico Marquês (Osmar Prado) para interpretar uma peça teatral de sua autoria. No encontro, o Marquês, por meio de um jogo psicológico, passa a controlar o ator. E ele logo descobre que tudo não passa de uma armadilha para submetê-lo a um experimento cruel onde os limites de realidade e ficção se confundem. Depois de muitas surpresas, o Marquês revela-se um psicopata capaz de qualquer coisa para atingir seus objetivos.

A comédia dramática escrita por Leonardo Cortez, dirigida por Pedro Granato e produzida por Jessica Rodrigues, encena o convívio familiar em uma casa de classe baixa, que é o único cenário onde a ação acontece de maneira desenfreada. O elenco é formado por Gabriel Santana (Bernardo), Glaucia Libertini (Rivânia), Lena Roque (Maria Rita), Leonardo Cortez (Fernando) e Luciano Chirolli (Francisco).Os personagens Maria Rita e Francisco planejaram um jantar em comemoração aos seus 20 anos de casamento. O encontro não acontece como o esperado, pois o marido volta do trabalho na companhia do patrão, que está completamente alcoolizado e transtornado em função de um iminente divórcio. Essa aparição inesperada transforma a noite romântica em um festival de conflitos e verdades reveladas, num perigoso jogo de interesses.

O grupo Tabuleiro do Ary foi formado em São Paulo, no ano de 2015, por estudantes do Conservatório de Tatuí que tinham como intuito pesquisar o repertório da época de ouro do rádio e dos bailes de gafieira. Depois de anos de pesquisa e shows, o Tabuleiro do Ary amadureceu um repertório variado de choros, sambas instrumentais, maxixes, baiões e sambas-canção, criando, enfim, a "Gafieira do Ary". Esse baile nasce com o propósito de celebrar essa herança, trazendo para o palco um naipe de percussão forte, em diálogo com os contrapontos do trombone, as baixarias do violão de sete cordas e o coro, responsável por dar suporte e reforçar o canto principal.O repertório resgata o maxixe, o samba sincopado, com divisão rítmica marcante, de Geraldo Pereira, Ary Barroso, Eliseth Cardoso, Chico Buarque, Donga, Sinhô, entre outros, fazendo a pista de dança balançar e convidando o público ao bailado, ao gingado, ao miudinho, o dois pra lá e dois pra cá — à alma da gafieira.

“Jurema Mestra”, mais recente trabalho musical de Rodrigo Ciampi, reúne cantigas e poéticas do Catimbó, evocando os saberes e as sonoridades da Jurema Sagrada. O trabalho é atravessado por ritmos e cânticos que habitam esse universo, com sambas de caboclo, mazurcas, cocos e nagôs. O show conta participação especial de mestre Sapopemba.

A quinta edição da Ocupação FERVO – que promete Carnaval o ano inteiro – leva para o Centro Cultural Vila Itororó o Bloco do Água Preta, um rito-manifesto político-aquático-carnavalesco. Todos os anos, o bloco percorre o caminho do córrego que atravessa o bairro da Pompeia, cantando e dançando para as águas. Nessa tarde de domingo, o bloco vai ao encontro do ribeirão do Itororó, que dá nome à Vila e abastecia a primeira piscina pública da cidade, preservada no centro cultural. É o encontro das águas! Antes e depois do cortejo, o DJ e fotógrafo pernambucano Pio Figueiroa dispara uma seleção musical para fazer o público dançar e festejar nesse carnavalzinho fora de época.

A Cinemateca Brasileira realiza a mostra ANOS 60 – A ERA DE OURO DO CINEMA COREANO. Serão exibidos oito títulos pouco conhecidos no Brasil, dirigidos por oito cineastas diferentes e representativos de uma década de grande êxito artístico e comercial do cinema sul-coreano. A programação dá continuidade à mostra Coreia do Sul, Anos 50: clássicos restaurados, realizada na Cinemateca Brasileira em 2024.Uma série de fatores contribuiu para que a produção cinematográfica coreana nos anos 1960. O início da década foi marcado pelo afrouxamento da censura durante a transição entre dois governos autoritários, o que abriu algum espaço para experimentações temáticas e formais. Ao mesmo tempo, políticas estatais como a obrigatoriedade de que cada estúdio produzisse três longas-metragens para poder importar um filme estrangeiro, além de e medidas protecionistas, como a cota de tela, elevaram drasticamente o número de produções: em 1960 foram realizados 92 filmes locais; em 1969, esse número já havia saltado para 229.

Inspiradas no livro "O Grito da Gaivota" da escritora surda francesa Emmanuelle Laborit, o grupo êBA criou esta aventura, onde som e silêncio dialogam para a construção de um momento lúdico, cheio de brincadeiras e recursos visuais para quem ouve com os ouvidos e com os olhos também. Na parte musical, o grupo apresenta canções de autoria própria e também Cacuriás, manifestação típica do estado do Maranhão, que contém muita ludicidade em suas canções e danças, além de conter elementos da fauna brasileira, que dialogam diretamente com o tema do espetáculo.

A proposta deste espetáculo tem como tema a importância do brincar como parte da essência do ser humano. A partir desta ideia, Sidnei desenvolveu uma dramaturgia centrada na história de dois palhaços velhos que se encontram em um quintal e passam a reviver momentos e brincadeiras da infância, utilizando os próprios objetos encontrados lá. Essa escolha de protagonistas, além de trazer às crianças de hoje o referencial das brincadeiras de antigamente também é uma forma de reforçar que as brincadeiras são para todos (não apenas para as crianças) contribuindo para os debates sobre etarismo e limitações impostas aos mais velhos.

Dois palhaços disputam uma vaga misteriosa em um antigo circo. Entre números clássicos e muitas brincadeiras, o público acompanha a divertida competição.

Lazzo Matumbi é um cantor, compositor e ativista brasileiro, e um dos maiores expoentes da música negra baiana. Considerado uma das vozes mais marcantes da música baiana e brasileira. Em diálogo constante com a cena musical contemporânea, Lazzo vem sendo reverenciado por diversos artistas e grupos que o reconhecem como referência em suas carreiras. Neste show o artista presta homenagem a Melodia.

O disco Novo Mundo marca o retorno de Arnaldo Antunes a uma sonoridade mais pesada e dançante. Na banda, Arnaldo é acompanhado por Curumin (bateria), Kiko Dinucci (violão, guitarra e synths), Chico Salém (violão e guitarra), Betão Aguiar (baixo). O show também conta com a direção artística e visual de Batman Zavarese.

O show é uma experiência de stand-up comedy imprevisível e sem limites, conduzida por Thiago sem T, que acumula milhões de seguidores com seu humor ácido e sem filtro. Esqueça o roteiro: a apresentação é inteiramente baseada em improviso e intensa interação com o público, transformando cada noite em um evento único e caótico. É um mergulho na "completa falta de noção" e nas situações absurdas que desafiam o formato tradicional do stand-up, garantindo risadas intensas e incontroláveis.

Aurora traz um pouco de Minas e de Rio de Janeiro, um Brasil de poetas, cancioneiros, da Bossa Nova, os românticos! O espetáculo conta e celebra a vida e a obra do grande escritor mineiro, Paulo Mendes Campos. Crônicas inteiras, fragmentos, cartas, as colunas dos periódicos, seus amigos, amores, sua prosa tão poética. E através de diferentes linguagens, música, projeção, performance, os atores contam, encenam e recriam no palco suas lindas palavras e crônicas.

O Circo Bélico trata da luta de classes na sua expressão mais crua: a guerra. Esta, entendida não apenas como saída para as constantes crises do capitalismo, mas como a própria forma de organização do capital. É um circo alegre, mas é um circo ao avesso. Sua lona mais se parece com uma nau onde se apegam os desgarrados donos de nada, que não tem nada a vender a não ser sua própria força de trabalho. Trata da relação contraditória entre as mais altas patentes e os aspirantes do exército de produção, todos inadequados, ineptos. São bufões que já tentaram se incluir a qualquer custo, agora simplesmente agem, como máquinas, frias e solitárias, de guerra.Uma empresa chega para explorar o seu novo local de investimento. O cenário é de guerra, e o investimento um poço de petróleo. Os funcionários são palhaços que batalham e seguem firmemente a ordem vigente, entretanto sonham e lutam pela paz. Mas a paz é também a ordem vigente?

Com seu segundo álbum solo, Canções do Velho Mundo, Teago Oliveira dá continuidade à trajetória que começou com Boa Sorte (2019), trabalho elogiado pela crítica e pelo público, e reafirma o caminho autoral de um artista em constante reinvenção.O show conta com a participação de Silvia Machete, que colabora no disco de Teago em “Vida de Casal”. Ganhadora do Prêmio da Música Brasileira na categoria de Melhor Lançamento em Língua Estrangeira, já que lançou dois discos cantando em inglês nos últimos anos, desta vez ela surge fazendo um dueto em português — e espanhol — com o artista.

As alegorias – e as potentes vírgulas – do escritor José Saramago (1922-2010) encontram a infinitude cênica e poética do Grupo Galpão. “(Um) Ensaio sobre a Cegueira”, o mais recente espetáculo da companhia mineira, é inspirado no romance do autor português, com direção e dramaturgia de Rodrigo Portella, e direção musical de Federico Puppi. Na clássica obra, lançada há exatos 30 anos, uma epidemia assola a cidade, privando seus habitantes de enxergar o mundo. Em tal contexto, questões ligadas à moral, à ética e à vida em comunidade são postas em xeque. Uma epidemia de cegueira assola a cidade, privando seus habitantes de enxergar o mundo como antes. Tudo começa com um homem no trânsito, repentinamente cego. Rapidamente a condição se espalha e coloca à prova a moral, a ética e as noções de coletivo. Um encontro entre o Grupo Galpão e a obra de José Saramago, escritor português ganhador do Prêmio Nobel de Literatura.

A Cia Paulista de Dança, com Direção Artística de Adriana Assaf, trás para você mais um grande Espetáculo, “O Quebra Nozes” é uma das obras mais conhecidas da literatura mundial, onde já foi traduzida em diversas línguas. Estreada em 18 de dezembro de 1892, com a coreografia original atribuída a Marius Petipá. Musica de Tchaikovski. Com tantas produções deste ballet, ele se tornou um dos mais lembrados no repertório clássico de natal.

Voltada para bebês de zero a seis anos, e seus familiares, o Grupo Sobrevento estreia a peça A Casa que Espera, valendo-se da linguagem do Teatro de Objetos, da qual o Sobrevento é referência. A peça acompanha a jornada de um homem e de uma mulher lidando com a necessária partida da casa dos pais, em busca de construir uma casa e uma paternidade que verá novas partidas, a partir do crescimento e da independência dos filhos. Nesse processo, esses personagens revisitam as suas infâncias e memórias em busca da casa que um dia foi deles e tentam compreender o que será de sua nova casa.

O espetáculo Passado Presente Zenturo articula a dramaturgia contemporânea “Marcha para Zenturo”, de Grace Passô, e o clássico “As Três Irmãs”, de Anton Tchékhov.A narrativa se passa em um futuro aparentemente distópico, onde seres humanos são acometidos por uma doença epidêmica cujos principais sintomas são a perda da sensibilidade do contato e das atividades cognitivas de agir, ver e ouvir no tempo presente.Entrelaçando referências clássicas e atuais, a encenação cria um jogo de presenças e ausências, em que estar no presente é cada vez mais raro — mas ainda possível de ser experimentado.Em 2441 uma festa de ano novo marca o reencontro de um grupo de pessoas com laços de amizade do passado. No futuro, viver o “agora” é uma doença, mas tem quem ouse viver o presente. Feliz ano novo! Um brinde à nossa capacidade de perceber que alguma coisa está acontecendo

O espetáculo BLACK MACHINE chega ao Itaú Cultural no Dia da Consciência Negra. Buscando discutir o legado de Hamlet, de William Shakespeare, e sua influência até os dias de hoje, a obra propõe um encontro do personagem do dramaturgo inglês com a Ofélia de Heiner Muller, da obra Hamlet Machine (1972). A peça foi contemplada na 20ª edição do Prêmio Zé Renato - Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa e chega ao Itaú Cultural após passar por temporadas na Casa do Povo e na Casa Farofa em setembro último.E, para garantir o caráter atemporal da obra, os dois personagens centrais são pós-coloniais. Enquanto Hamlet é atravessado por vozes como as de Frantz Fanon, Jean-Michel Basquiat, Aimé Césaire e Mano Brown, Ofélia é inspirada por nomes como Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro e Erykah Badu.

Em sua quarta edição, o projeto Circo Contêiner reafirma o compromisso com a valorização da arte circense na sua potência e diversidade ao promover 20 espetáculos de grandes artistas da cena paulistana para o Teatro de Contêiner, sede da Cia. Mungunzá.A programação contempla uma ampla variedade estética e técnica, com números de acrobacia, palhaçaria, malabarismo, entre outras expressões que atravessam e expandem os limites do circo. Trata-se de um encontro entre artistas da rua, da lona e do teatro.

O Itaú Cultural realiza a oficina Dobras e Descobertas. Na atividade, os educadores do IC convidam o público que passa pela instituição a criar dobraduras e compor imagens com papéis de diferentes tamanhos, cores e texturas.

LAROYÊ MOJUBÁ é um espetáculo que não se preocupa apenas em levar entretenimento, e sim história, respeito, responsabilidade social, interculturalidade e conhecimento.Fala do sagrado feminino e permite a interação, possibilita a construção de um espaço comum de diálogo e colaboração. Histórias que estimulam uma reflexão mental no espectador, quanto à observância, atitudes e filosofias preconceituosas em relação às Pomba Giras.

Inspirada no popular jogo de tabuleiro "Detetive", a peça é um espetáculo-jogo de investigação que convida a plateia a se envolver na solução de um mistério. A trama se desenrola por meio de cenas totalmente improvisadas. A cada início de apresentação, cartas são sorteadas, definindo quem é o assassino, a vítima, a arma do crime e o cômodo onde ocorreu o assassinato. No palco, os atores são peças em um tabuleiro e o público se transforma em detetives investigadores, orientando como as cenas devem se desenrolar até que o enigma seja decifrado. Sob a orientação da investigadora Miranda, o espetáculo desafia e instiga os espectadores, cujo objetivo é acertar as quatro cartas sorteadas, com base na narrativa criada pelos atores.

Duas crianças estão perdidas no universo mágico do fundo do mar e tentam entender como foram parar ali. Na trama, os protagonistas tentam recuperar as suas lembranças enquanto interagem com as diversas criaturas fantásticas e divertidas que habitam o oceano, como peixes luminosos, correntes que sussurram e até uma tartaruga que guarda histórias. Entretanto, uma delas não causa uma boa sensação: o autoritário Boca Grande. A montagem comemora os 40 anos da redemocratização, data simbolizada pelo fim da ditadura militar em 15 de março de 1985, após a eleição indireta de Tancredo Neves em janeiro daquele ano. A companhia enaltece a democracia e a permanência das memórias para o enfrentamento de um mundo mais livre e igualitário.

O cantor, compositor e violonista João Bosco e o baixista Guto Wirtti vêm desenhando uma história conjunta ao longo de mais de uma década. No espetáculo, os dois revisitam clássicos fundamentais da música brasileira e da carreira de João, como “O Bêbado e a Equilibrista”, “Coisa Feita”, “O Mestre-Sala dos Mares” e “Corsário”, que ganham novas nuances com os arranjos sofisticados de Guto Wirtti, cujo talento no contrabaixo traz uma dimensão ainda mais rica e envolvente às composições.As músicas são intercaladas ainda com uma perfeita interação com o público conduzida pelos artistas, que convidam todos a embarcarem em uma jornada musical em que a arte e a paixão pela música se encontram em uma performance inesquecível.

Uma vivência embalada pelos ritmos, aromas e brincares ancestrais para conectar bebês, crianças e suas pessoas adultas.Ao longo dos encontros, crianças e pessoas adultas são convidadas a explorar os saberes e brincares de África, por meio de rodas de música, experimentação sonora, contação de histórias e descoberta de cheiros. As atividades incluem:Roda de músicaContação de históriasExperimentação sonoraDescoberta dos cheiros

Após a leitura do livro “Sinto que sinto”, de Lázaro Ramos, crianças e adultos serão convidados a ouvir seus sentimentos e expressá-los em pinturas faciais, inspiradas nos povos Mursi e Karo, da Etiópia.Durante a atividade, faremos a leitura do livro e convidaremos as crianças e seus responsáveis a transformarem seus próprios rostos em obras de arte, utilizando elementos da natureza, assim como fazem os povos Mursi e Karo.

Um quintal, um varal, um lençol e velhos palhaços que se reencontram para viajar ao passado e relembrar seus tempos de criança… Entre baldes, prendedores de roupas, séries antigas, cinema mudo, super-heróis, cachorros, sombras e risadas eles vão transformando quintais em lugares mágicos e poéticos através de brincadeiras que os levam a outros tempos, enquanto trazem ao palco o clima de ingenuidade da palhaçaria clássica. A peça está centrada na relação desses dois seres que aparecem “do nada” em um quintal.

Uma atriz melodramática com mais de 200 anos vive esquecida num teatro abandonado. Sua única companhia são as divertidas lembranças de sua carreira e uma vespa de estimação que sonha em fugir. Escrita e dirigida por Marcelo Romagnoli, a história exalta a importância de laços familiares saudáveis, a liberdade e a memória como força de vida. Em cena, Jackie Obrigon interpreta Maristela, uma grande atriz cheia de histórias para contar, que divide o camarim com uma vespa atormentada e rebelde. O espetáculo conta com trilha sonora ao vivo de Bruno Garcia.

Passado Presente Zenturo é fruto do processo de conclusão do curso profissionalizante em teatro de 2024 no Teatro Escola Macunaíma. O espetáculo articula a dramaturgia contemporânea Marcha para Zenturo, de Grace Passô, e o clássico As Três Irmãs, de Anton Tchékhov. A narrativa se passa em um futuro aparentemente distópico, onde seres humanos são acometidos por uma doença epidêmica cujos principais sintomas são a perda da sensibilidade do contato e das atividades cognitivas de agir, ver e ouvir no tempo presente. Em 2441 uma festa de ano novo marca o reencontro de um grupo de pessoas com laços de amizade do passado. No futuro, viver o “agora” é uma doença, mas tem quem ouse viver o presente. Feliz ano novo! Um brinde à nossa capacidade de perceber que alguma coisa está acontecendo

O espetáculo Revoada convida o público a um voo poético sobre o asfalto. Inspirado pela poesia de Manoel de Barros, o trabalho nasceu de uma investigação em praças e ruas do Brás, bairro da zona central de São Paulo.Com Danielle Rocha, Jennifer Soares e Veronica Avellar em cena e Ritamaria novamente na trilha sonora ao vivo, Revoada transforma o vento em personagem e guia de um jogo sensorial em que dança, som e brincadeira se misturam. Entre galhos imaginários e ninhos improvisados, as intérpretes convidam o público infantil a desacelerar e reconhecer a natureza que ainda habita os espaços urbanos.

ONHEAMA conta a jornada de um jovem guerreiro indígena para salvar a floresta acompanhado por seres encantados da mitologia amazônica e apresenta, de forma lúdica, acessível e encantadora a ópera para crianças através da magia das marionetes.ONHEAMA significa “eclipse” em língua tupi. Este espetáculo une marionetes de fio à música. Nele, acompanhamos a jornada épica de Iporangaba, um jovem guerreiro indígena que precisa resgatar o sol, devorado pela terrível onça Xivi. Nesta aventura, ele apresenta suas tradições, lendas e origens e conta com a ajuda do Boto-cor-de-rosa e de Iara, seres encantados da mitologia amazônica.

Ateliê aberto para crianças a partir dos 6 anos de idade onde, a cada encontro, a imaginação se transforma em realidade com experimentações de técnicas artísticas variadas. Em setembro, vamos explorar diferentes formas de criar com papel, recortes e moldes.

A peça apresenta uma celebração do artista anônimo, daquele que está “na linha de trás”, cuja paixão pela arte é maior que o medo do fracasso. Em um teatro vazio, dezessete bailarinos disputam oito vagas na linha de coro de um novo musical da Broadway. Liderados por Zach, um diretor exigente que busca mais do que técnica, os candidatos são levados a um processo incomum: revelar suas histórias de vida, medos, frustrações, descobertas e sonhos mais profundos. À medida que os depoimentos se desenrolam, o público mergulha nas trajetórias únicas de cada artista — jovens que cresceram entre aulas de balé, repressões familiares, inseguranças físicas e o desejo visceral de pertencer ao palco.

Exatamente 25 anos depois de sua estreia no galpão do Armazém 14, no Recife, A Máquina, premiado espetáculo adaptado do romance homônimo de Adriana Falcão, e dirigido pelo renomado encenador pernambucano João Falcão, volta aos palcos do Brasil. A peça, que marcou a história da dramaturgia brasileira por sua inventividade e revelou ao país os talentos de um quarteto pouco modesto: Wagner Moura, Lázaro Ramos, Gustavo Falcão e Vladimir Brichta - até então desconhecidos do grande público. O enredo convida o espectador a adentrar a fictícia cidade de Nordestina, um lugar comum, sem recursos, como tantas cidades do interior do Brasil, onde o jovem Antônio decide mudar seu destino — e o do mundo — para impedir a partida de sua amada Karina. Para isso, promete o impossível: viajar no tempo e trazer o mundo até sua cidade.

É com a Partita nº 3 que Augustin Hadelich abre este programa, no qual Bach abraça obras do século XX e contemporânea.Coleridge-Taylor Perkinson, cujo nome homenageia o compositor negro Samuel Coleridge-Taylor, escreveu obras clássicas, jazz, trilhas sonoras e até arranjos de música pop. A obra segue os passos de Bach enquanto toca progressões de blues. O programa termina com a Partita nº 2 de Bach, que inclui a magistral “Chaconne”

O trio feminino japonês Shonen Knife traz seu pop punk, uma espécie de Ramones bubblegum que emocionou e alucinou Kurt Cobain do Nirvana. Assim como o grupo cult japonês The 5,6,7,8s, o Shonen Knife atravessou décadas de transformações musicais, mantendo-se fiel ao que sabe fazer de melhor: sua versão de pop punk.

A exposição "Deslocamentos da Memória" acontece no Museu da Imigracao do Estado de São Paulo, no bairro da Mooca. Curada por Rejane Cintrão, a mostra reúne obras das artistas visuais Alexandra Ungern e Heloisa Lodder, que exploram a riqueza das memórias individuais e coletivas através de diversos meios artísticos. Ambas as artistas utilizam métodos distintos de lembrar e desconstroem aspectos de destruição e deslocamento, especialmente na cidade de São Paulo e em experiências de imigração, sendo as duas filhas de imigrantes (alemão - Lodder, e húngaro - Ungern, respectivamente).

Uma comédia hilária e irreverente do clássico Titanic (1997), Titanique — O Musical está repleto de reviravoltas absurdas e canções icônicas que elevam a experiência a algo verdadeiramente inesquecível. O espetáculo é uma carta de amor à música pop, ao cinema e ao teatro musical — prometendo uma noite cheia de risadas, emoção e pura alegria, tudo ao som inesquecível de Céline Dion.

Dona Lola é uma dona de casa que tem sua vida transformada ao se tornar um fenômeno das redes sociais com os vídeos postados pela sua neta. Após o inesperado sucesso, ela, incentivada por suas amigas mais próximas, decide se apresentar no teatro mesmo não sendo atriz, não tendo um espetáculo e muito menos sabendo o que dizer. Claro que as presenças mais aguardadas na plateia são as das amigas, mas, por motivos distintos, elas não comparecem à apresentação, o que resulta na ira de Dona Lola, que acaba expondo a vida de suas amigas e, de certa forma, dizendo muito sobre si mesma

Um dos textos mais emblemáticos do dramaturgo inglês William Shakespeare, “O Mercador de Veneza” ganha nova montagem, sob a direção de Daniela Stirbulov. À frente do elenco de 12 atores, Dan Stulbach dá vida ao icônico agiota Shylock, já interpretado por nomes como Al Pacino, Laurence Olivier e Pedro Paulo Rangel.A trama acompanha Antônio, um mercador que contrai uma dívida com o agiota Shylock para ajudar seu amigo Bassânio. Como garantia, Antônio aceita dar libra de sua própria carne. Com o não pagamento da dívida, o contrato desencadeia um julgamento dramático, colocando em pauta temas como justiça e preconceito.

Vocês Não Entenderam Nada, espetáculo inédito do Teatro do Incêndio leva ao palco o texto A Babá, de René de Obaldia (1918 - 2022), numa síntese da vida moderna e suas deformações nas diversas formas de relacionamento e isolamento. O espetáculo é uma estranha comédia na qual um casal aguarda por uma babá para irem a um jantar com outro casal, que eles não suportam, em uma maçante obrigação social burguesa. Durante a espera, destilam seu ódio um pelo outro, suas frustrações e fracassos e, ao invés da babá esperada, quem toca a campainha é uma Santa que “desce” à terra como jovem crente, personagem semelhante a uma pregadora de Exército da Salvação. Diante da figura inesperada, despejam sobre ela toda sorte de preconceito e objetificação do corpo feminino, levando a Santa à humilhação profunda e, pela maldade de ambos, a sua própria redenção.

Tito Martino é um dos grandes nomes da música instrumental no Brasil — clarinetista, saxofonista e referência quando se fala no estilo tradicional de Nova Orleans. À frente da Tito Martino Jazz Band, ele celebra décadas de dedicação a esse universo sonoro, levando aos palcos sua energia contagiante e o espírito livre que marcaram o gênero ao longo do tempo. Na Estação Motiva Cultural, o público embarca em uma viagem musical repleta de personalidade, história e swing. O concerto faz parte da série Jazz na Estação, que promove mensalmente shows em clima descontraído e explora diferentes estilos do jazz.

O maestro João Carlos Martins e a Bachiana Filarmônica SESI-SP apresentam “A Magia do Natal”, traz um repertório que mistura música clássica, popular e dança.Sob a regência de João Carlos Martins, o espetáculo contará com performances instrumentais e vocais. Bailarinos também subirão ao palco, trazendo trechos do clássico Quebra-Nozes e outros momentos coreografados que traduzem o espírito natalino. Entre as principais composições estão: Bransle de la Torche, Jesus alegria dos homens, Valsa nº 2 de Shostakovich, Pas de Deux do ballet Quebra-Nozes, Jingle Bell Rock, Medley Natalino, Hallelujah, Amazing Grace, What a Wonderful World, tributo a E. Morricone e a clássica Noite Feliz.