Os poetas românticos tinham o hábito de empregar as palavras florilégio e ramalhete com o significado de reunião ou antologia de poemas. O espetáculo multidisciplinar de Antonio Nóbrega e Rosane Almeida reúne canções, interpretações instrumentais, cenas teatrais, cinematografia e peças coreográficas criadas e interpretadas pela dupla de artistas ao longo de 40 anos de história artística focada na cultura popular brasileira. A obra revela que, no Brasil, o arcaico e o moderno podem se fundir por meio do exercício do princípio da complementaridade. O trabalho busca contribuir com uma visão não folclorizante da cultura popular brasileira e propor caminhos através dos quais ela possa dialogar com a cultura contemporânea.

Nesta livre adaptação de A Gaivota, do dramaturgo russo Anton Tchekhov (1860-1904), cinco atrizes interpretam de forma íntima e visceral os personagens principais da obra. O diretor argentino Guillermo Cacace deixou emergir o trágico neles, trazendo o cerne das cenas e incorporando a passagem do tempo na cadência e no ritmo dos diálogos. Sentadas ao redor de uma mesa, as intérpretes são Arkadina, Kostia, Nina, Trigorin e Masha. É o olhar dessa última que nos guia: na versão, com dramaturgia de Juan Ignacio Fernández, cabe a Masha tentar juntar os fragmentos dessa história de amores não correspondidos, de sonhos que se despedaçam ao serem realizados e da dor que se acumula ao longo dos anos.

Versões elegantes e inusitadas em jazz de canções clássicas dos Beatles por Lu Pires. No palco do Blue Note São Paulo, com a formação de banda em quinteto: Guilherme Vieira (guitarra), Theo Ribeiro (contrabaixo), Giovanni Della Guardia (sax), Pepa D´elia (bateria) e Lu Pires (voz).

Após o sucesso de seu tributo “Rita Hits” para Rita Lee, a artista apresenta, pela primeira vez, um repertório imperdível, interpretando uma seleção cuidadosamente escolhida de hits que marcaram gerações, em uma formação acústica vibrante e envolvente.

Em LUZ NEGRA composição e improvisação dialogam de forma metafísica, transcendendo o material e acessando camadas sonoras profundas. O grupo, com seu fôlego criativo e político, organiza-se horizontalmente, criando arranjos colaborativos e repertórios comuns que fluem entre o individual e o coletivo. Aqui, a política não é apenas tema, mas prática: cada interação reflete a potência das trocas afetivas e a construção de uma práxis afrodiaspórica.

Mon Laferte, renomada cantora e compositora chilena, anunciou sua aguardada vinda ao Brasil, se apresentando pela primeira vez em palcos do país. Conhecida por seu estilo único que mistura pop, rock e música tradicional latina, Laferte conquistou o coração do público com hits como “Amárrame”, “Tu falta de querer”, entre outros. Cultivando influências musicais desde a adolescência em sua cidade natal, Viña del Mar, ao que aprendeu no México, seu segundo lar desde 2007, Mon coleciona oito álbuns até o momento: Desechable (2011), Tornasol (2013), Mon Laferte Vol. 1 (2015), La Trenza (2017), Norma (2018), Sola Con Mis Monstruos (2020), Seis (2021), 1940 Carmen (2021) e Autopoiética (2023). Mon Laferte já foi quatro vezes indicada ao Grammy Latino e duas ao Grammy. Tamanho sucesso foi reconhecido em um documentário dedicado à ela na Netflix : “Mon Laferte, te amo”, que teve sua estreia em agosto de 2024.

Michelle Abu convida Marcos Suzano para celebrar os ritmos brasileiros. Atualmente em estúdio preparando seu novo trabalho, Michelle traz pra esse show no Blue Note São Paulo algumas músicas que estarão nesse novo álbum e algumas releituras de músicas nacionais tendo a percussão no comando dos arranjos.

O espetáculo é inspirado nos rompimentos de barragens nas cidades mineiras de Brumadinho e Mariana. A dramaturgia percorre narrativas de personagens silenciados pelo cenário de morte e destruição causado pela mineração, vítimas diretas e indiretas do maior crime ambiental do país. A montagem do Grupo Girino envolve um processo de pesquisa e experimentação multidisciplinar em diálogo com o teatro visual, miniaturas e técnicas do live cinema.

Um show que coloca uma lente de aumento nas personagens, suas alegrias e angústias, através da mínima estrutura possível para esses sambas, voz, violão e eventual percussão. O samba mostra, em sua essência, o quanto é lamento e catarse e, é, justamente, essa filosofia, que sustenta o show “Pode ser outra beleza”.

Héloa traz o show com releituras que evidenciam ritmos nordestinos como o forró em harmonia com o dub jamaicano, trazendo sua nordestinidade e sua pesquisa diaspórica em homenagem ao repertório de “Memórias, Crônicas e Histórias de Amor”, disco de Marisa Monte lançado em 2000, um álbum histórico, que trouxe uma série de hits como “Amor, I Love You”, “O que Me Importa” e “Não é fácil”, vencedor do Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro.

Combinando som, pintura, escultura e performatividade, a obra de nora chipaumire, artista do Zimbábue, dá sequência à sua pesquisa sobre a dissonância entre conhecimento e linguagem e explora o potencial revolucionário da performance, ao mesmo tempo que confronta legados coloniais. A instalação é inspirada pelos significados literais e filosóficos da palavra dambudzo – “problema” em xona, uma língua bantu –, além de evocar ideias de pensadores africanos como Dambudzo Marechera (1952-1987). O público é convidado a acompanhar múltiplas ações pelo espaço, que recria a atmosfera dos shebeens de Zimbábue, bares informais montados em casas onde possibilidades de resistência e insurreição são traçadas diante dos poderes políticos.

Finlândia nos coloca em um quarto de hotel junto com as personagens Paula e Jiddu, um casal partido tentando estabelecer um diálogo. Numa narrativa pertinente para os tempos atuais, a peça emerge das complexidades e desafios emocionais enfrentados por um casal em crise. A mudança estrutural de papéis entre homens e mulheres dentro de uma relação nas últimas décadas, as responsabilidades de cada um na criação de uma filha e a relação com seus trabalhos colocam essa discussão de casal em compasso com temas contemporâneos urgentes.

A Cobradora é uma personagem que se multiplica, representando desde figuras arquetípicas do universo feminino (como Eva ou Lilith), figuras representativas do cotidiano urbano (neste caso, construídas através de histórias orais de cobradoras de ônibus) a uma mulher-bomba, em ato terrorista, que cobra o seu espaço numa sociedade patriarcal. Essa personagem cobra de si e do mundo os múltiplos desejos-sonhos que lhe foram fecundados (e roubados) e dá à luz muitas mulheres: contemporâneas e míticas. Quais os espaços que a mulher pode ocupar? Quais os espaços que a Zózima Trupe pode com seu ônibus transformar? O espetáculo, que desta vez não acontece dentro de um ônibus urbano, vem também reivindicar novos espaços, através de um profundo e corajoso deslocamento tanto da figura feminina como da própria pesquisa da Trupe.

A obra é um conflito, uma explosão, um ato premeditado para envolver o outro. As várias “tretas” vivenciadas diariamente por cada um foram a base de trabalho do grupo Original Bomber Crew. “Tretas” do vizinho, do planalto, do colonialismo, do patriarcado, da batalha de breaking. O grupo ressignifica espaços como a juventude periferizada ocupa as ruas, e performa junto ao público numa ambiência sensorial metálica, densa e urbana. A “dança-quebrada”, como estes artistas chamam a transfiguração de suas realidades através do hip hop e arte contemporânea, surge como estratégia poética de existência, apesar de toda a descartabilidade investida socialmente sobre seus corpos

O monólogo discute o encarceramento de mulheres negras e mães no Brasil a partir da perspectiva de Rose, ex-técnica de enfermagem e detenta em uma penitenciária provisória para mães. Ela passa os dias ajudando nos serviços de parto e cuidados com os filhos, até que, durante um jogo da seleção brasileira, vê a chance de organizar uma fuga. Com nuances de realismo fantástico, o trabalho, com atuação de Aysha Nascimento, direção de Naruna Costa e dramaturgia de Jhonny Salaberg, é livremente inspirado na fuga de um grupo de presas, com seus bebês no colo, do Centro de Progressão Penitenciária do Butantã, em 2009.

O espetáculo é a última parte de uma trilogia de práticas coreográficas iniciada em 2018 pelos artistas cariocas Davi Pontes e Wallace Ferreira. A partir de estudos pós- coloniais de gênero e raça, a dupla questiona como criar uma dança de autodefesa, compreendida como uma elaboração tática para confrontar violências físicas, imaginárias e epistemológicas. A ideia é coreografar resistências singulares para corpos dissidentes e proporcionar seus modos de permanência no mundo. Para isso, o trabalho utiliza estratégias como a mimese e a pose, criando um jogo de significados que sobrepõe tempos e imagens.

Corpos reais, divinos e fictícios transbordam em situações que desafiam arquétipos de beleza, fertilidade e êxtase. Nesta obra, fruto do encontro entre a companhia Giradança e a coreógrafa Elisabete Finger, três performers acumulam um repertório de posturas e padrões corporais familiares e desconhecidos dispostos em uma estrutura coreográfica circular. Operando entre continuidade e dissolução, a peça escava camadas de erotismo enterradas sob histórias e mitologias, certezas e suposições.

Entre Pajelanças, Xirês de candomblé e a Encantaria das Ruas, a mestra Zezé Menezes de Yemanjá e Henrique Menezes dão origem ao show “Encantarias do Maranhão”. Um espetáculo que começa muito antes dos dois, se formando na memória contada de seus ancestrais. Mãe e filho trazem as sabedorias do tambor de Mina e das brincadeiras tradicionais de sua terra natal, nos convidando a conhecer um pouco dessa cultura tão importante para a identidade brasileira.

O show "Lio Canta Marisa" é resultado da pesquisa de Lio pelo universo musical de Marisa Monte, e apresenta um setlist que abrange desde os maiores hits, até faixas lado B. No formato voz e violão e acompanhada por Érica Silva, Lio oferece uma performance intimista em voz e violão, que destaca sua voz única, prometendo uma noite de emoções profundas com o público.

Uma noite que celebra a liberdade criativa e a exploração sonora. O grupo, formado por Marcelo Castilha, Meno Del Picchia e Pedro Ito, retorna aos palcos para apresentar temas do primeiro álbum Interferências, além de músicas inéditas que farão parte do próximo disco, previsto para gravação ainda este ano. O show também trará arranjos desconstruídos de clássicos da música popular brasileira, em interpretações que transitam entre a improvisação livre e grooves marcantes.

Com participação do Trio Corrente, um dos grupos mais inventivos da cena de jazz brasileira e samba-jazz da atualidade, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo se apresenta em uma performance focada nos em compositores brasileiros como Francisco Mignone e Radamés Gnattali.

O artista Magoo Ilegal apresenta na galeria de arte urbana cerca de 15 obras que compõem um novo momento de sua carreira. Trabalhos figurativos, sem apresentar gêneros específicos e, ao mesmo tempo, estilizados, são característicos do artista.

Ná Ozzetti, Ana Deriggi, Fabio Tagliaferri e Mário Manga interpretam Mutantes numa versão inteiramente acústica com arranjos feitos para Viola de arco,cello violões, e ukuleles.

Crizin da Z.O. É um projeto inovador que une funk carioca com ritmos eletrônicos e experimentações percussivas, transitando por samba, drum and bass, rap e punk.Combinando uma diversidade de ritmos, letras afiadas e uma análise crítica provocativa, o grupo se destaca pela originalidade e pela intensidade de suas músicas.

Gabi Melim apresenta sua estreia solo, apresentando o projeto “GABRIELA”.Gabi começou a compor aos 13 anos, subiu aos palcos aos 15, e, aos 16, gravou seu primeiro disco com participação de João Donato e Marcelo D2. Comandou rodas de samba na Lapa, fez turnê pela República Tcheca, e realizou shows nos EUA e em outros lugares.Após esses feitos, integrou, ao lado de seus irmãos, a Banda Melim, um dos maiores fenômenos do pop contemporâneo brasileiro, com mais de 3 bilhões de streams, 400 shows, grandes festivais, turnês na Europa, um álbum com participação de Djavan, e 3 indicações ao Grammy.Agora, a fluminense, nascida em Niterói, está pronta para uma nova fase em sua carreira. A liberdade, o amor e a vontade própria são os pilares desse novo trabalho. O primeiro álbum solo, produzido por Gabriel Geraissati e José Gil, com beats de Pep Starling, está a caminho, e a cantora uniu uma equipe afinada para as 14 faixas compostas por ela e seus parceiros.

A Princesa Anna de Arendelle adora sua irmã Elsa, mas um acidente envolvendo os poderes especiais de Elsa durante a infância fez com que seus pais as mantivessem afastadas uma da outra, crescendo isoladas no castelo da família.Após a triste morte de seus pais, chega o dia em que Elsa deve assumir o reinado de Arendelle.Com o reencontro das duas irmãs, um novo acidente acontece e Elsa decide partir para sempre e se isolar do mundo, deixando todos para trás e provocando o congelamento do reino.Anna decide se aventurar pelas montanhas de gelo para reencontrar sua irmã e acabar com o frio congelante que infestava o Arandelle.No caminho, ela faz novas amizades e acaba descobrindo o significado do amor verdadeiro.

A individual de Felipe Pantone aborda a interação entre o analógico e o digital, destacando a influência da luz e da tecnologia na percepção visual. Com texto crítico assinado por Ana Carolina Ralston, a exposição oferece uma imersão em formas geométricas, gradientes neon e padrões ópticos, refletindo as inquietações de Pantone sobre a transformação digital e suas implicações sociais. Nas obras, o artista explora temas como transmutação e a efemeridade dos sentidos, refletindo sobre como a tecnologia molda a percepção e a interação humana com o mundo.

A individual de Ding Musa convida à reflexão sobre o impacto humano no meio ambiente. Conhecido por sua prática artística voltada à fotografia, o artista paulista utiliza nesta mostra diferentes técnicas para construir imagens de dimensão política e caráter abstrato. Suas instalações propõem um diálogo crítico sobre questões ecológicas, revelando a complexidade das relações entre humanidade e natureza.

Cidade de São Paulo, 2025. O casal Nora e Marcelo, com seus três filhos, está de mudança para uma casa no condomínio onde passaram a infância e a adolescência. A ação da peça transcorre nesta nova casa da família, durante um final de semana.Assim como na peça original de Henrik Ibsen, Casa de Bonecas, com a qual o espetáculo dialoga, há fatos do passado recente e toda uma estrutura patriarcal que impelem Nora aos conflitos que resultarão na tomada de consciência da personagem.

O projeto propõe, através de contações de histórias, uma troca de saberes ancestrais com as crianças, proporcionando outras possibilidades de se aprender brincando. Por meio da ludicidade apresentamos duas histórias enfrentadas pelas crianças negras e periféricas, representando seu cotidiano, os abalos sofridos pela pandemia, as histórias dos seus avós, bisavós, tataravós... , sobre sua timidez e o medo de ser quem se é. As personagens apresentadas nas contações criam ferramentas possíveis para aproximar as crianças de histórias representativas de suas identidades.

“Passaporte para o Amor” é uma comédia romântica repleta de humor e amor que conta a história de Ângelo e Marina. Eles se conhecem por um acaso do destino no saguão de um aeroporto. Ela é aeromoça e ele um passageiro; que perderam o horário de voo e terão que passar a noite juntos até que a cia aérea os coloquem num outro avião. A mulher tem rompantes de humor e desconfia da presença do homem, tentando mantê-lo distante para sua própria segurança. Mas ele não dá trégua e faz questão de ficar por perto tentando criar laços de amizade. Durante a madrugada eles se tornam cúmplices e trocam confidências pessoais e amorosas, até que se dão conta que ambos têm mais afinidades do que imaginavam ao se conhecerem horas antes.

Lívia Mattos apresenta o show do seu novo álbum “Apnéia”, com uma sonoridade que reflete excessos, faltas de ar, suspensões e suspiros. Híbrido entre canções e instrumentais, o disco faz parte da composição homônima premiada pelo Festival da Canção, em 2020 e conta com diversas participações em suas faixas, como Ná Ozzetti, Armandinho, Carlos Malta, Ceumar, Marcos Suzano e Alessandra Leão. Conta também com a participação internacional de Mu Mbana, da Guiné Bissau; Irene Atienza, da Espanha; e Yasmine El Baramawy do Egito. Dentro do desconforto desses tempos, a busca é inventar novas formas de pensar e existir, pondo em movimento tudo que aperta e sufoca. Esse intento é refletido na sua música, nos dispositivos criativos que geram composições, arranjos e instrumentações originais com solidez, força e leveza que apresentam a sanfona em uma proposta instigante e autoral.

A performance e imersão sonora tem como ponto de partida territórios indígenas e tradicionais na América do Sul e na Europa. Este encontro das culturas indígenas na Amazônia (Tukano e Uitoto), Mata Atlântica (Tupinambá, Guarani e Maxacali) e território Sápmi na Finlândia (Sami) se dá a partir do corpo e da música e sua importância para esses diversos entendimentos de mundo. As artistas propõem no palco um espaço imersivo que traz a música, o canto e a palavra falada como ligação entre as florestas tropicais da América do Sul à Floresta Boreal, na Europa, e convida o público a imaginar a existência de mundos matriarcais baseados no cuidado e na troca.

Projeto musical de discotecagem 100% em vinil, realizado desde 2017 e idealizado por @djnato_pk e @djzeromacgaren. Os DJ´s apresentam-se no formato “B2B”, e trazem ao público uma mistura sonora autêntica, mixando pesquisas da Soul Music, Funk Soul, R&B, Boogie, Hip-Hop e música brasileira.

Mariana Aydar tem seis discos de estúdio e dois documentários lançados. A cantora ganhou em 2024 um Grammy Latino.A paixão pela cultura do Nordeste nasceu na infância, onde conheceu Luiz Gonzaga, através de sua mãe, que era empresária dele. Durante a juventude, passou por muitas casas de forró com sua antiga banda “Caruá”. Com o objetivo de celebrar a música nordestina, no carnaval de São Paulo, criou em 2018 o bloco “Forrozin”. Presente na trilha sonora das novelas “Renascer”, “Volta Por Cima” e “Travessia” da Rede Globo, com as músicas “Te Faço Um Cafuné”, “Se Pendura” e “Espumas Ao Vento” respectivamente, a cantora e compositora paulistana é reconhecida por reunir o novo e o tradicional, aliando sonoridades e pautas contemporâneas com as raízes do forró. Suas músicas e interpretações destacam o protagonismo e liberdade de escolha das mulheres, assim como a necessidade de atualizarmos discursos machistas e conservadores tão presentes no forró. Revisitando clássicos e trazendo novas canções que alimentam um olhar mais livre e menos sofrido sobre o amor, temática tão presente no universo do forró, Mariana Aydar se consolida como uma voz atual e necessária para a música brasileira.

Com uma carreira que abrange apresentações e gravações com diversos artistas internacionais e turnês em mais de 40 países, Lupa Santiago é um nome de destaque no cenário do jazz brasileiro e mundial.

FERIDA: Um Encontro Em Dois Atos é um espetáculo que se interessa pelas reverberações do encontro, considerando para a dramaturgia da cena a preparação, o instante e as ressonâncias de não estar só. Tecido entre solos e duo, na tentativa de não decifrar antecipadamente o que só o encontro pode revelar, improvisadores em cena se conectam através do pré-texto “O Encontro é uma Ferida”, de João Fiadeiro e Fernanda Eugénio, dedicando atenção à emergência disruptiva de criar outros modos para se viver junto. A não antecipação do acontecimento transborda para os elementos cênicos, trabalhando a improvisação na luz e na trilha sonora.

O Duo Sagawa Galvão apresenta o espetáculo “Espera”, um show de música instrumental brasileira feito a partir de uma formação de saxofone e violão de 7 cordas, com arranjos elaborados pelo próprio Duo, em um repertório formado por choros e canções.

Sozinha no palco, a artista Cimara Fróis carrega uma banda inteira. Usando seu pedal de loop, ela cria camadas com seus instrumentos – sanfona, violão, percussões, teclado e voz – para formar sua “banda invisível”, com a qual apresenta um repertório canções de artistas como Dominguinhos, Juliana Strassacapa, Tulipa Ruiz e Comadre Fulozinha, além de suas próprias composições.

Acompanhe a palhaça Funúncia, determinada em sua hilária jornada pelo mundo circense. Rejeitada pelos circos tradicionais, ela decide montar seu próprio espetáculo de rua, repleto de acrobacias desajeitadas e mágicas divertidas. Entre risadas e interações com o público, Funúncia prova que a verdadeira magia está na busca pelos próprios sonhos. Uma comédia sobre autoaceitação e perseverança, onde o improvável se transforma em uma aventura memorável.

Um show que percorre os caminhos trilhados pela Santa Jam Vó Alberta ao longo dos anos entre estradas, aviões, rios, chuvas e sol no horizonte.No repertório, além das nossas composições, clássicos de artistas das Américas (como Almir Sater, Sá e Guarabira, O Grande Encontro, Willie Nelson e Dolly Parton) que também desbravaram essas rotas, traduzindo suas vivências entre Folk, Country, Soul e Rock Rural.

Ilú Obá De Min, bloco afro percussivo feminino negro, vai ocupar o palco da Casa Natura Musical, com um repertório que passeia pelos seus 20 anos de existência, celebrando a vida de uma de suas femenajeadas nos enredos do carnaval: Elza Soares. O Ilú Obá teve a honra de dividir o palco da Casa Natura Musical com essa grande estrela, que hoje brilha como nossa ancestral. Nesse show visitaremos parte das composições que exaltam toda a importância e realeza de Elza Soares.Com seus djembês, alfaias, xequerês, agogôs, pernaltas e dança, a experiência de um espetáculo repleto de emoção e ancestralidade preta, ainda conta com a participação especial da DJ Evelyn Cristina e da cantora Larissa Luz.

Mudhoney, um dos maiores nomes da cena grunge dos anos 90 que revelou bandas como Nirvana, Soundgarden, Pearl Jam e Alice in Chains, retorna ao Brasil em março de 2025 para uma turnê que passará por São Paulo. O som do grupo mescla punk e rock de garagem em shows intensos e empolgantes.

Abrindo seu calendário de mostras de 2025, a galeria apresenta a exposição individual de Lucia Laguna, com uma série de obras que a artista produziu entre 2023 e 2024, explorando novas formas e novos temas em suas pinturas. Em seus trabalhos, os elementos reconhecíveis – folhagem, mobiliário, comida, animais – convivem com linhas e cores justapostas, em gestos calculados que compõem paisagens e interiores em planos fraturados. As formas que preenchem suas telas parecem incompletas, nascendo do acúmulo e do apagamento de camadas de tinta.

A Casa Triângulo apresenta a exposição coletiva "Meu quintal é maior que o mundo", com curadoria de Priscyla Gomes. A mostra reúne obras de 23 artistas brasileiros de diferentes gerações, explorando o conceito do quintal como um espaço de conexão entre o doméstico e o universal.Inspirado no poema O Apanhador de Desperdícios, do consagrado poeta mato-grossense Manoel de Barros, o título da exposição evoca uma reflexão sobre as pequenezas da vida e as coisas aparentemente insignificantes, que ganham novos significados quando vistas sob uma perspectiva mais contemplativa e menos acelerada. A mostra propõe uma imersão no quintal como um lugar de encontro com a natureza, a espiritualidade, as festividades e a introspecção. Entre os artistas participantes estão nomes consagrados e emergentes: Albano Afonso, Sandra Cinto, Eduardo Berliner, Vânia Mignone, Lucas Simões, Mauro Restiffe, Zé Carlos Garcia, Amori, Ana Paula Sirino, Andy Vilela, David Almeira, Diego Mouro, Fernanda Galvão, Heitor Dos Prazeres, Leticia Lopes, Luiza Gottschalk, Marina Hachem, Mauricio Adinolfi, Mauricio Parra, Paula Scavazzini, Rafa Chavez, Yohana Oizumi, e Zé Tepedino.

ANDREW NORMAN Revolve [Encomenda Osesp | Estreia mundial]

LEONARD BERNSTEIN Sinfonia nº 2 – The age of anxiety [A era da ansiedade]

GEORGE GERSHWIN Rhapsody in blue

‍LEONARD BERNSTEIN West Side Story: Danças sinfônicas

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Este é um programa devotado a autores estadunidenses do século XX. Aos 45 anos, Andrew Norman é um dos mais talentosos e respeitados compositores de sua geração. Revolve, para orquestra, foi escrita especialmente para a Osesp a partir de uma encomenda em comemoração aos 70 anos da Orquestra, celebrados em 2024. Uma das figuras mais conhecidas e influentes da música de concerto, Leonard Bernstein atuou como regente, compositor e pianista. Pouco executada no Brasil, sua Sinfonia nº 2 foi escrita para orquestra e piano solo e leva o título de um poema homônimo de W. H. Auden. Bem mais famosas são as Danças sinfônicas, do musical West Side Story, um Romeu e Julieta que tem as ruas de Manhattan como cenário. Outro popular autor norte-americano, George Gershwin foi da Broadway à música de concerto, e escreveu algumas das mais amadas canções populares norte-americanas. Em Rhapsody in blue, para piano solo e orquestra, ele combina a tradição clássica com elementos do jazz. O solista das peças de Bernstein e Gershwin é Marc-André Hamelin. Artista versátil, Hamelin é excepcionalmente dotado de técnica e inteligência musical e construiu uma carreira particular, na qual combina o repertório canônico a autores menos executados, ao jazz e às próprias composições.

Em comemoração aos 130 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japão, a Fundação Japão, em parceria com a Cinemateca Brasileira e a Sato Company, apresenta uma experiência cinematográfica única: o Cinema Kabuki.A peça tradicional do teatro Kabuki Sannin Kichisa (Três Ladrões chamados Kichisa) será exibida em uma exibição ao ar livre.O projeto especial visa fortalecer os laços históricos e culturais entre Brasil e Japão, trazendo ao público brasileiro uma forma inovadora de apreciar o Kabuki, uma das mais tradicionais formas de teatro japonês.

A festa é uma viagem pelos ritmos do Caribe, América Latina e suas diásporas. Suas paradas principais são nos gêneros urbanos contemporâneos, seu graves pesados e batidas contagiantes.

Eliana Pittman comemora neste ano de 2025, 80 anos de idade em plena forma, cheia de projetos que inclui sua biografia, um álbum de jazz e um outro inteiramente dedicado ao repertório do cantor e compositor Jorge Aragão, bamba do samba carioca da geração Fundo de Quintal, com arranjos e produção musical de Rodrigo Campos, bamba da geração paulistana do século XXI. O disco traz arranjos de sopros de Thiago França e um repertório recheado de clássicos.No show de lançamento ela abre espaço e licença para cantar também sambas que outros bambas do samba compuseram especialmente para ela nos anos 60 e 70, como Martinho da Vila (Fim de Reinado), Paulinho da Viola (Maré Mansa) e João Nogueira (Esse mar é meu).

O Forró das Minas apresenta “AS ARRUMADINHAS” No forró, chamamos de “Arrumadinho” quando misturamos artistas de diferentes bandas em um mesmo palco e aqui são “Arrumadinhas”. Um quinteto de talentosos artistas musicistas, sendo sanfoneira, zabumbeira, trianguleira, contrabaixista e percussionista, que cantam e tocam lindamente, revezando suas vozes, reproduzindo verdadeiras manifestações da cultura popular.

Em 2008, Cris Moreira deu à luz a gêmeos e perdeu um dos filhos, Francisco, com apenas dois dias de vida. Nesta palestra-performance, a artista mineira utiliza dispositivos documentais e audiovisuais para reviver o próprio luto e abordar a invisibilização da dor numa sociedade que trata a gravidez como pública, mas a perda da criança como algo privado. Questionando quem quer ouvir uma mãe que fala sobre a morte, a obra amplia o debate sobre a maternidade e a solidão em torno do luto parental.

Obra atravessa diferentes gerações da família da artista Tetembua Dandara. Ativada pelo encontro da performer e sua avó, Dirce Poli, com intervenções de sua mãe, Neuza Poli, e de sua irmã, Mafoane Odara. A instalação convida o público a adentrar um espaço que remete a uma sala de vó, a um quintal ou mesmo a uma festa dos anos 1990. Ali, narrativas são reconstruídas pelas vozes, sabores e olhares dos presentes, que podem transitar pelo espaço e pelas histórias por quanto tempo desejarem. O trabalho teve como ponto de partida o livro fotográfico homônimo idealizado pela performer, que traz espaços em branco (e preto), estabelecendo um diálogo de imagens e poucas palavras.

A !SÚBETE! é uma viagem pelos ritmos do Caribe, América Latina e suas diásporas. Nossas paradas principais são nos gêneros urbanos contemporâneos, seu graves pesados e batidas contagiantes.

Em "Samba de Dandara canta Jovelina Pérola Negra", as mulheres do samba e do pagode mandam avisar: salve a Pérola Negra do samba! O espetáculo marca o lançamento do single "Amante do Pagode / No Mesmo Manto", em que Samba de Dandara exalta a obra da cantora, e apresenta versões de composições e canções de parceiras e parceiros eternizadas por sua voz única e imortal.

Do french-house ao disco, do electro-indie ao robot rock, de Homework a Random Access Memories: a Daft Club é uma pista em homenagem à música dançante, de 1960 a 2025.

A galeria mineira Mitre abre sua primeira unidade em São Paulo com uma exposição coletiva dos trabalhos de seis artistas representados pela galeria: Aline Motta, davi de jesus do nascimento, Marcos Siqueira, Luana Vitra, Rafael RG e Wallace Pato. A mostra busca sintetizar a diversidade de pesquisas, práticas e formatos que compõem os trabalhos dos artistas, com obras que transitam entre o céu, a terra e os cursos d’água, e exploram materialidades, memórias e metáforas sobre deslocamento e transformação.

Clarice Falcão está na estrada com o show de seu álbum “Truque”. Este é um mergulho coeso e maduro que mostra uma cantora versátil e passa por uma MPB de rádio de fim de noite até faixas eletrônicas inspiradas na PC Music. Cantora, compositora, atriz e roteirista, Clarice Falcão se destaca como um dos mais reconhecíveis e inventivos nomes da cultura brasileira há mais de uma década. Entre a melancolia de uma “Monomania”, a sinceridade ácida de um “Problema Meu” e a entrega sem filtros de uma mente atribulada que “Tem Conserto”, surge uma artista que se volta para o afeto com maturidade e bom humor. “Truque” foi lançado como um álbum visual com 12 clipes que dialogam com o talento de Clarice para desenvolver múltiplas personalidades e personagens.Registro mais pop desde o começo da discografia de Clarice Falcão, o trabalho é um resumo sonoro de tudo que a artista fez e isso se reflete no palco, com a apresentação passando por todas as fases da carreira da artista.

Numa linda casa de campo morava Dona Porca Porpeta com seus Três filhos: Paçoca a mais velha, Pururuca e Costelinha o mais novo. Certo dia os Três porquinhos decidiram morar sozinhos, despediram-se de sua mãe e saíram pela floresta à procura de um bom lugar para montar as suas casinhas. Sua mãe Dona Porca Porpeta ainda avisou: “- Cuidadocom o lobo que vive nessa floresta...”, mas eles não ouviram e saíram cantarolando.Costelinha foi o primeiro a encontrar o lugar para montar sua casinha, ela seria de palha, mas logo apareceu o lobo espertalhão que assoprou a casa e a derrubou. Depois foi a vez do Porquinho Pururuca que construiu uma casinha de madeira, claro, com as madeiras caídas para não desmatar as florestas. Como já era de se esperar, surgiu o Lobo novamente e derrubou a casinha. Mas o porquinho, muito esperto, preparou uma bomba na porta de traz da casa, ela explodiu deixando cair uma colméia de abelhas na cabeça do lobo. Assim depois de duas casinhas destruídas, foi à vez da Porquinha Paçoca construir a sua casa em localadequado e ensinar as crianças a preservar a natureza com a ajuda de seus irmãozinhos. Construíram uma linda casa de tijolos, bem forte e os porquinhos armaram uma armadilhapara o lobo, e o coitado ficou todo arrebentado. No final dessa história o lobo ficou todo machucado e cansado desses porquinhos danados, e então, decidiu voltar para casa da suamãe.

Tiago Sant'ana apresenta uma nova individual na Galeria Leme. Em Fulgor atlântico, o artista investiga relações entre memória, história e identidade afro-diaspórica, explorando o diálogo entre o branco e o azul e sua conexão com tradições escultóricas iorubanas. A mostra reúne mais de 30 obras, entre desenhos, bordados, vídeos e composições em açúcar e pigmentos.

A artista Marinalva Rosa apresenta um conjuntos de trabalhos inéditos na exposição individual "Porta da Saída", com curadoria de Rodrigo Naves e Gabriel San Martin. A artista mineira apresenta obras que dissecam o cotidiano por meio de uma "geometria irregular", como apontam os curadores.

A Orquestra Jovem do Estado se apresenta na Sala São Paulo, no mês de Março, sob a regência de Cláudio Cruz

Uma coisa levou a outra. No início era apenas para fazer uma seleção de músicas que passassem sua carreira a limpo para a criação de um songbook, que atualmente se encontra em produção. Mas o projeto de reunir toda a obra de uma vida, que atravessa mais de 40 anos de produção ininterrupta, fez Edgard Scandurra olhar para trás a partir de uma nova perspectiva de presente e de futuro. E é justamente desse novo olhar que surgiu o desejo de levantar um show focado em versões, por vezes instrumentais e noutras em uníssono.Assim surgiu o projeto Edgard Scandurra Song Trio: com o propósito de jogar luzes na persona do Edgard Scandurra compositor, muitas vezes ofuscado pela posição (indiscutível, vai) de exímio guitarrista.

Uma homenagem ao cineasta paulista falecido no último dia 17 de fevereiro. A mostra exibe quase a totalidade de sua filmografia, inédita há décadas e praticamente desconhecida pelo público.

A atrevida menina Bitita é, para além de uma pergunta, um sonho possível, sem ter que esperar pelas decisivas respostas – de Carolina Maria de Jesus. Ela é Bitita, antes mesmo de se perguntar se um dia poderia ser Bitita. Mas, em paralelo ao sonho, há a realidade, pesada e concreta. Lá onde o chão de terra é mais duro que o cimento, a terra vermelha suja menos que o cal.

A Casa das Rosas apresenta uma oficina que propõe o resgate de alguns brinquedos antigos, como aviãozinho, cata-vento, dobradura, entre outros.

Como atividade complementar à exposição ‘Princípios japoneses: design e recursos’, o Educativo da JHSP convida as crianças e suas famílias a pensarem sobre o princípio japonês mottainai, de não desperdício, e propõe a transformação de caixas e tubos de papelão em brinquedos criativos e divertidos.Durante a atividade, os pequenos são instigados a refletir sobre temas como sustentabilidade, reutilização de materiais e a diminuição do desperdício em nosso dia a dia.

Aruá é um molusco que vive no rio Amazonas. Sua vida seguia bem tranquila até que a passagem da pororoca tira tudo do lugar. Passado o susto, ela se depara com um cenário totalmente diferente daquele com o qual já estava acostumada. O fundo do rio virou uma bagunça e o pior: a sua concha desapareceu. A força da pororoca foi tamanha que a arrastou para longe.Quando finalmente encontra sua concha, descobre que um outro molusco, menor e mais jovem, tomou posse de seu refúgio e agora vive dentro dele.Agora Aruá buscará possibilidades para tentar fazer com que tudo volte ao seu normal.No final da narrativa os pequenos espectadores são convidados a entrar no espaço cênico para interagir com atrizes e adereços.

O Centro Cultural São Paulo e o Circuito Spcine apresentam a Mostra Coralie Fargeat, Corpo a Corpo, que exibe os seus filmes e um conjunto de obras que foram referenciais para a diretora construir o seu ainda pequeno corpo filmográfico, mas que já aponta para um futuro promissor e um lugar de destaque em gêneros cinematográficos predominantemente dominado pela figura masculina. As maiores referências de Coralie para Revenge incluem diretores como George Miller, Steven Spielberg, Quentin Tarantino e John Carpenter, com filmes como Mad Max, Duel, Kill Bill e The Thing. Essas influências se refletem na construção visual, na trilha sonora e na narrativa simbólica de Vingança, que combina elementos de ação, suspense e horror com uma forte protagonista feminina.

Estilhaçando a linearidade de Chronos, em um palco-encruzilhada, o tempo se framenta em relatos costurados por Exu Narrador, expondo epidemias sociais, morais e a busca por identidade de personagens que tal qual Exu estão marginalizados. A cada 23 minutos, suas histórias emergem, clamando por reconhecimento e justiça. De 1983 ao AGORA, a peça ecoa vozes silenciadas, em episódios que buscam uma boca para se recontar e interditar o fim, desinterditando recomeços. Através de uma linguagem poética e carregada de simbolismo “Vinte e Três" é um convite à reflexão sobre racismo, desigualdade e o poder da palavra para amplificar vozes para construir novos futuros.

A narrativa da peça foi criada em português e em Libras. Nela, uma mãe prepara uma festa de aniversário surpresa para seu filho, um taxista surdo que cresceu rodeado de pessoas ouvintes. O encontro reúne um pequeno grupo de amigos do rapaz evidenciando os afetos, mas também os dilemas e as diferenças culturais entre eles. O espetáculo, segundo projeto dirigido pelo artista carioca Vinicius Arneiro dedicado a investigar os paradoxos entre a cultura surda e a sociedade, propõe uma reflexão sobre os novos rumos nas práticas de acessibilidade, abordando a questão da convivência e da comunicação, através do descompasso entre aquilo que se sente e a inabilidade ao dizê-lo.

O público é convidado a sonhar rotas de fuga para o Brasil neste espetáculo itinerante do Coletivo Estopô Balaio. Ao embarcar no trem, rumo a São Miguel Paulista, bairro da zona leste de São Paulo, onde ocorreu uma importante resistência indígena no período colonial, mergulha em um transe: o Brasil sumiu do mapa. Ao desembarcar, descobre-se que o antigo aldeamento de Ururay resiste e planeja um novo cerco contra a colonização. Os moradores, as crianças e os artistas vão se revelando a partir de suas ancestralidades: indígenas vindos de África, de Abya Yala, benzedeiras, pajés, nordestinos. Para que Ururay viva, São Paulo deve morrer. Nesse contra-feitiço, o público é convocado a sonhar um novo mundo e São Miguel de Ururay tem vocação para isso: é um bairro dormitório.

A peça-jantar do grupo MEXA parte do famoso quadro homônimo do pintor Leonardo da Vinci (1452-1519) e do acontecimento bíblico nele retratado para atualizar as ideias de morte e de ressurreição. Em cena, um grupo de pessoas se senta ao redor de uma mesa para sua última refeição. Trata-se de uma despedida: o grupo vai acabar. Brincando com os conceitos de verdade e ficção, a obra explora as vivências dos performers e questiona como criar uma imagem final que persista, ainda que aquele grupo de pessoas não exista mais.

Utilizando a festa e as poéticas periféricas como dispositivos de pesquisa, o espetáculo do coletivo cearense Riddims tensiona momentos de celebração e enfrentamento. Por meio da dança e de cânticos, os artistas refletem sobre suas ancestralidades e identidades, traçando paralelos entre as práticas espirituais afro-indígenas e os movimentos de resistência da periferia. Aproximando o sagrado e o profano, o cômico e o trágico, a obra subverte a truculência da lógica colonial para manter vivo o ato de sonhar.

Questionando se o envelhecimento marca o fim do desejo sexual ou de viver um novo amor, a obra documental do encenador Mohamed El Khatib desafia ideias preconcebidas sobre a terceira idade. Fruto de uma série de entrevistas realizadas pelo artista em casas de repouso na França, o espetáculo constroi um retrato plural e lúcido sobre a reinvenção da sexualidade na velhice, com seus ritmos e tempos próprios. Em cena, oito idosos confidenciam suas intimidades, refletem sobre experiências amorosas do passado e do presente e mostram que o desejo sexual pode se manter inversamente proporcional à fragilidade de seus corpos e às expectativas da sociedade.

Instigados pela música de diversas regiões do leste europeu e balkans, o Grand Bazaar faz um passeio festivo e dançante por estilos como klezmer, tarantella, fanfarra, jazz manouche e música cigana. Com apresentações cheias de energia, humor e alegria contagiante, o grupo convida todos a uma celebração coletiva, misturando culturas, temperos e sotaques: a música árabe e a judaica, o folclore e o jazz-rock, momentos de explosão e contemplação.

A temporada de 2025, organizada pelo diretor artístico Alejandro Ahmed, traz obras assinadas por artistas e apresenta a dança não apenas como uma expressão artística, mas como uma prática de reflexão profunda. Nesse cenário, o movimento dos(as) bailarinos(as) vai além da técnica, atuando como matéria para explorar e compreender as interações do corpo com o ambiente. Essa abordagem leva a companhia a investigar amplamente desde questões técnicas, como comportamentos, até as relações entre arte, estética e ética, com foco em explorar novos modos de entender o papel artístico de uma companhia pública.A programação tem início com Réquiem SP, uma obra criada, dirigida e coreografada por Alejandro Ahmed. A performance terá a participação da Orquestra Sinfônica Municipal (OSM) e do Coral Paulistano, sob regência de Maíra Ferreira, que interpretarão composições do romeno György Ligeti e do músico eletrônico canadense Venetian Snares (Aeron Funk). A coreografia apresenta um desafio e um exercício que estabelece um diálogo entre distintas linhagens de dança, como o balé, o jumpstyle e as danças urbanas populares. A proposta investiga de maneira provocativa as possibilidades de articulação entre corpos, contextos e manifestações culturais, destacando as dinâmicas e a singularidade de uma cidade como São Paulo.

O monólogo conta a história do jornalista Emanuel Goldfarb, que recebe o singelo convite de um professor para compareça pessoalmente a uma aula e explique aos seus alunos o que é ser judeu. Emanuel passa então a refletir sobre atender ou não aesse chamado. Com legítimo "humor judaico", ele irá revisitar sua ancestralidade e acessar lembranças que há muito tempo estavam adormecidas. Suas memórias e reflexões passam pela origem familiar, pela diáspora do povo judeu desde a antiguidade até os dias atuais, pelas tradições e por sua própria hereditariedade.

Pianista italiano radicado em Nova York, Alessio Bax é versátil. Solista das mais renomadas orquestras do mundo, com discografia reconhecida pela crítica especializada e professor do New England Conservatory, nestes programas Bax revive a tradição dos recitais de música de câmara do início do século passado: com um grupo de amigos, apresentam um repertório multifacetado e que atravessa vários períodos históricos, nas mais distintas formações.

Azul é a mais recente incursão da Artesanal Cia. de Teatro no teatro Infanto-juvenil. O espetáculo é fruto de um esforço conjunto de pessoas que acreditaram nesta proposta: falar da neurodiversidade através do olhar de uma pessoa neurotípica, no caso Violeta, uma menina espevitada e esperta, que precisa dividir seu tempo com seu irmão Azul, um menino atípico. A história levou alguns anos para ficar pronta, pois foi elaborada a partir de uma pesquisa que envolveu, não só muito estudo, como a escuta de várias histórias contadas por famílias atípicas: histórias bem-humoradas, mas também bastante emocionantes, onde cada passo e descoberta envolve sentimentos diversos. Preocupações, celebração, orgulho e, principalmente, a descoberta de que o mundo é “repleto de cores e possibilidades”, como nos diz a própria personagem Violeta, já adulta. Uma história para fazer rir e emocionar, que também propõe a reflexão de como podemos construir um mundo mais inclusivo.

O Núcleo de Histórias de Comadres irá, nesses encontros, rememorar as biografias de mulheres e personagens negras que foram e continuam sendo protagonistas na história. A cada domingo contaremos uma história diferente

nora chipaumire realiza a abertura de processo de seu novo trabalho, concebido a partir de um convite da MITsp para que a artista, nascida no Zimbábue, revisitasse sua trajetória e apresentasse três obras de momentos diferentes de sua carreira. No entanto, dada a dificuldade de retomar trabalhos antigos e também a recusa da artista em participar de retrospectivas, nora buscou nesse work in progress o “agora” e o “vivo” como opções possíveis para a criação. Segundo ela, “à medida que todas as nossas experiências se tornam músculos, respiração, passos, arqueamento das costas, o conhecimento é compartilhado através da proximidade com outros corpos”. A palavra acontinua é uma celebração ao trabalho ininterrupto do ensaísta e curador André Lepecki com coreografias libertárias, assim como a dedicação pessoal da artista aos pensamentos do líder revolucionário moçambicano Eduardo Mondlane (1920-1969), aos zapatistas e a todas as mulheres anônimas sem as quais a mudança seria impossível.

A mostra reúne arqueologia, arte e meio ambiente para discutir a ocupação da região amazônica e os impactos da exploração excessiva dos recursos naturais em prol do desenvolvimento. A mostra traz para o público parte importante de uma das principais coleções de arqueologia e etnologia da Amazônia do mundo, o acervo do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, com diversos artefatos que revelam o conhecimento altamente qualificado e o processo de resistência dos povos indígenas no Brasil. Com expografia de Marcelo Rosenbaum, junto aos objetos arqueológicos e etnográficos são exibidas obras contemporâneas feitas por artistas que entram em diálogo e em tensão com o material histórico. Artistas participantes: Yaka Huni Kui, Uýra, Thiago Guarani, Tainá Marajoara, Rita Huni Kuin, Pedro David, Keyla Palikur, Jaider Esbell, Gustavo Caboco, Gê Viana, Frederico Filippi, Elisa Bracher, Denilson Baniwa e Lilly Baniwa, Coletivo Artistas Pelo Clima, Cassio Vasconcellos e Maurício de Paiva.

A questão das muitas formas de violência envolvidas na mineração e no garimpo predatório do ouro em solo amazônico é tema de Serra Pelada, com texto e direção do premiado Alexandre Dal Farra. O espetáculo nasce de mais de dois anos de pesquisa do autor sobre a dimensão do garimpo e da mineração na construção da modernidade, das viagens feitas por ele e o cineasta Joaquim Castro para a região e de uma série de reflexões a partir da peça “Boca de Ouro”, de Nelson Rodrigues.

A abertura da temporada de concertos da fundação recebe Nicolas Stavy. O pianista francês Já se apresentou em palcos de prestígio internacional, como a Sala Pleyel, a Philharmonie de Paris, o Festival de la Roque d'Anthéron, os Festivais Piano aux Jacobins, Chopin em Nohant e em Bagatelle, Lille, Berlioz, Klavier Ruhr, Sala Casals de Tóquio, Ateneu de Bucareste, Teatro Mariinsky de São Petersburgo, Victoria Hall de Genebra, Academy for Performing Arts de Hong Kong. Como solista, colaborou com grandes formações, como a Orquestra da Suisse Romande, Sinfônica de Utah, Filarmônica de Bucarest, Orquestra Nacional de Lille a e Orquestra da Guarda Republicana.

Peça infantojuvenil livremente inspirada num conto de Tchekhov. Antônio, um pobre sapateiro, tem de terminar às pressas, em uma fria véspera de Natal, as botas encomendadas por um cliente misterioso. Insatisfeito com a vida que leva, ele reclama que enquanto os ricos passeiam, comem e se divertem, ele tem de trabalhar e ainda se conformar com as precárias condições em que se encontra. É neste momento que ele adormece de cansaço e sonha com a oportunidade de ter uma vida rica e abundante. Porém, para isso irá enfrentar as condições propostas por uma criatura mágica e assustadora, que o fazem questionar a existência de pobres e ricos.

Maitê Proença e Debora Olivieri interpretam irmãs na mais recente peça do renomado dramaturgo inglês Peter Quilter, já encenada na Europa e inédita no Brasil. “Duas Irmãs & Um Casamento” com direção de Ernesto Piccolo, é uma comédia que traz uma história emocionante e divertida sobre a complexidade dos laços familiares, sororidade, etarismo, autoestima, desejos e amor. O público acompanhará o reencontro de duas irmãs, Catarina (Maitê Proença) e Rosa (Debora Olivieri), ambas na faixa dos 60 anos, que se reúnem em uma pitoresca casa de campo para organizar um casamento. Catarina (Maitê Proença), sofisticada e bem-sucedida, enfrenta os desafios de múltiplos divórcios, enquanto Rosa (Debora Olivieri), solteira e independente, traz uma perspectiva não convencional à sua vida. Juntas, elas relembram o passado e confrontam seus medos e anseios, através de confissões hilariantes e memórias evocadas, trazendo uma mensagem de esperança e celebração da vida. A narrativa é repleta de risos, memórias e uma pitada de loucura. A peça aborda temas universais como o envelhecimento, a solidão e a importância da família, oferecendo uma reflexão sobre o que realmente vale a pena na vida. Com humor sarcástico, mas também afetuoso e inteligente, a comédia desafia estereótipos e encoraja o espectador a encontrar alegria nos momentos mais inesperados, destacando a importância do amor e da amizade.

O espetáculo examina e retrata de forma cômica o mundo caótico dos relacionamentos modernos, através de quatro histórias de uma mulher e um homem – não necessariamente casais – às voltas com seus próprios desejos e traumas em busca do amor, e enfrentando a solidão. O espetáculo retorna a São Paulo, em uma curta temporada estrelada por Patricya Travassos e Eduardo Moscovis, sob a direção de Ernesto Piccolo.

O espetáculo examina e retrata de forma cômica o mundo caótico dos relacionamentos modernos, através de quatro histórias de uma mulher e um homem – não necessariamente casais – às voltas com seus próprios desejos e traumas em busca do amor, e enfrentando a solidão. O espetáculo retorna a São Paulo, em uma curta temporada estrelada por Patricya Travassos e Eduardo Moscovis, sob a direção de Ernesto Piccolo.

Eu não faço desenhos, pinturas, textos e esculturas usando a linguagem dos quadrinhos. Eu faço histórias em quadrinhos usando a linguagem e os meios da escultura, da pintura, do desenho e do cinema. Posso fazer quadrinhos usando tinta a óleo sobre tela, modelando argila e porcelana fria, realizando ações em espaços públicos, escrevendo ensaios e romances, desenhando sobre a parede.

C. L. Salvaro apresenta Lapso, uma exposição que explora a interação sensível com o espaço e seus estímulos externos. Suas obras, que incorporam o vocabulário da ruína urbana, são um convite a refletir sobre a impermanência, instabilidade e resíduo na vida contemporânea.

O compositor, cantor e multi-instrumentista alagoano Nyron Higor acaba de lançar (31/01) o seu segundo álbum solo, costurando temas instrumentais e canções inéditas. Distribuído mundialmente pelo selo inglês Far Out Recordings, o disco homônimo, que conta com produção do próprio artista em parceria com seus conterrâneos Bruno Berle (o qual também marca presença como feat) e Batata Boy, chega às plataformas digitais com lançamento simultâneo em disco de vinil e CD.

O Monstro Amigo renasce num ritual de rebatismo, tornando-se Enigma. Indecifrável, o novo avatar da entidade sonora rasgará do Centro da Terra para invadir os ouvidos e mentes atentas com o puro suco da psicodelia natural - O terror de não vir a ser o que se pensa se traduz em dissonâncias e rítmicas tortuosas, do punk progressivo ao erudito neandertal a poesia urbana paulista se liquefaz em acidez sarcástica e insanidade necessária pra enfrentar a realidade distópica. A feitiçaria sônica ainda conta com a presença da artista Daíra, intensificando sua potência e elevando a viagem à outro patamar.

Lockdown Memory é um espetáculo que se insere plenamente na categoria do teatro da realidade, integrando novas linguagens multimídia com aquelas da cena teatral. A obra narra a complexidade do inovador projeto Beyond Borders, no qual teatro, vídeo arte e filme documental se entrelaçam por meio de uma colaboração a distância com artistas de diversas partes do mundo. Textos, notas visuais, partituras físicas e musicais, conversas no Zoom e cenas do cotidiano dos artistas envolvidos formam fragmentos dramáticos que ecoam nas paredes de um ambiente asséptico, buscando um único ponto de fuga: uma janela virtual aberta para um mundo que precisou reforçar suas fronteiras devido às medidas impostas pela pandemia.Os atores em cena, diretamente de suas mesas, também assumem a direção de vídeo, revivendo momentos e situações criadas durante o lockdown, oscilando entre hiperconexão e isolamento. A performance dá voz às delicadas situações sociais enfrentadas pelos países dos artistas envolvidos: desde os protestos do movimento Black Lives Matter nos Estados Unidos até a revolta social no Chile, do êxodo em massa das megalópoles indianas ao retorno à normalidade, após a tragédia, na cidade de Wuhan.

O consistente elo sonoro construído por Maria Beraldo em seu novo álbum, Colinho, é transposto para novo contexto. Depois de celebrada estreia digital, o aguardado disco, lançado seis anos após o primeiro trabalho da artista, ganha agora os palcos. Num arco que vai diluindo as fronteiras entre o free jazz, o pop, o samba, o choro, o folk, o punk, a bossa nova e o funk, Beraldo celebra ao vivo as 11 canções - dez delas próprias - do novo disco, agora incluindo novas colaborações para o palco. No show, a artista contará com a luxuosa direção de Felipe Hirsch, num encontro que Maria cultivou nos últimos anos - há pelo menos cinco anos, ela é responsável pela direção musical dos espetáculos do diretor. Agora eles têm a oportunidade de mudar de posição.

Vai ter roda de choro no Salão Nobre do Municipal, direto da Vila Esperança, Zona Leste de São Paulo.O Choro da Leste, representado por onze músicos, junta-se a convidada Jane do Bandolim, para interpretar obras de Waldir Azevedo, Pixinguinha, Abel Ferreira, entre outros clássicos do gênero.A performance apresenta as variadas formações instrumentais características do gênero, com duetos e solos de cavaquinho, bandolim, clarinete, flauta e sax, acompanhados do violão de 7 cordas e da percussão, num diálogo muito característico das rodas do subúrbio paulistano e nos tradicionais redutos da música popular.A apresentação traz variados temas e momentos musicais que dialogam com a tradição e a modernidade da linguagem do Choro.

Em um formato intimista, o bar do hotel Pulso recebe o show de Silvia Machete. A artista apresenta o seu álbum "Invisible Woman", considerado um dos 50 melhores discos de 2024 pela APCA.

Com quase 40 anos de história, a Brasil Jazz Sinfônica é um projeto único que reúne uma orquestra sinfônica tradicional com uma big band e uma ‘cozinha’ de baixo e bateria, que são os instrumentos pouco comuns neste universo mais clássico. Com regência do maestro emérito João Mauricio Galindo, a orquestra receberá pela primeira vez o camaronês Richard Bona, um dos mais requisitados e originais instrumentistas do mundo. Em seus álbuns e turnês, já colaborou com alguns dos maiores músicos do mundo, como Herbie Hancock, Sting, Stevie Wonder, Bobby McFerrin e George Benson, entre tantos outros.

A cantora e compositora Tiê relembra o início de sua carreira no show Intitulado "Cartas de Amor". A apresentação é embalada por canções que capturam a essência das declarações de amor - de sua autoria e também de outros compositores. Se dividindo entre violão e piano, Tiê revisita seu primeiro álbum, “Sweet Jardim”, além de sucessos como “A Noite”, “Amuleto”, e versões como: “Prova de Carinho”, de Adoniran Barbosa e “A Noite do Meu Bem”, de Dolores Duran.