A música virou filme e a cidade virou cenário. Em cartaz nos cinemas desde o dia 21 de março, "Saudosa Maloca" acompanha Adoniran Barbosa (vivido por ninguém menos que Paulo Miklos), já do alto de seus 72 anos, narrando ao garçom de um bar histórias de uma São Paulo que não existe mais, lembrando dos amigos Matogrosso (Gero Camilo) e Joca (Gustavo Machado), ambos apaixonados por Iracema (Leilah Moreno). O filme costura episódios, falas e personagens presentes em diversos sambas do compositor, formando uma crônica social bem humorada da cidade.
Para quem quer ver o filme sob o prisma da paisagem urbana, o Orbit preparou um mapa interativo da "São Paulo de Adoniran", com os lugares evocados por suas músicas e também pelo filme. Afinal, repletas de sotaque paulistano e narrativas do cotidiano, suas letras seguem na imaginário (e na boca) de diferentes gerações, ajudando a dar forma para a cidade, sua história e suas contradições. Do Jaçanã ao Bexiga, da Casa Verde e seus antigos carnavais ao Viaduto Santa Efigênia, passando pela Vila Itororó, reduto histórico de São Paulo e principal locação do longa-metragem.
Além do mapa – que pode ser consultado antes, depois ou independentemente do filme, uma entrevista exclusiva com o diretor Pedro Serrano(leia a seguir) sobre a relação do compositor com a cidade.
ORBIT ENTREVISTA: Pedro Serrano, diretor de "Saudosa Maloca"
Quais lugares frequentados por Adoniran ainda existem em São Paulo e como foi o processo de escolha das locações?
Alguns cantos do centro da cidade permanecem, alterados no seu entorno, como o Viaduto Santa Ifigênia, de onde hoje se vê um Vale do Anhangabaú vítima de um “pogréssio” duvidoso. O Palacete Teresa, onde Adoniran exerceu durante anos seu ofício de radio-ator, modificado por dentro e que hoje abriga comércios e a casa de Francisca.O Bixiga deve ter poucos lugares remanescentes, como a padaria São Domingos, um ou outro boteco e a Vila Itororó, onde Adoniran passeia com Elis Regina num vídeo tornou-se um clássico.A Vila Itororó foi nossa principal locação ao longo dos 28 dias de filmagem. Diferente do que era na época de Adoniran, serviu como uma espécie de cidade cenográfica para o filme, entregando a atmosfera que queríamos de uma São Paulo que não existe mais. A ação do tempo nas construções históricas transforma o lugar em pura fantasia, gravada na memória do velho Adoniran. O Viaduto Santa Ifigênia e outros cantos do centro também foram usados como locação e o próprio Palacete Teresa tem protagonismo num determinado momento da trama, homenageando a ligação histórica daquele edifício com o sambista.
Quais lugares Adoniran gostaria de frequentar se vivesse na cidade de hoje?
Sinceramente, essa é uma pergunta que não sei responder...minha impressão é que ele seguiria fazendo sua caminhada pela região central em busca de um canto pra sentar, observar e tomar o seu mel.
O que as músicas do compositor podem nos ensinar sobre a cidade e as relações sociais que nela se estabelecem?
Os sambas de Adoniran nos ensinam que São Paulo é eternamente engolida por um “pogréssio” voraz, que beneficia alguns enquanto deixa muitos outros para trás, abandonados no meio do caminho. Que mesmo com centenas de arranha-céus sendo erguidos diariamente, milhares de pessoas seguem lutando por um teto. Que a cidade, sem pestanejar, vai sempre trocar um espaço de convívio entre pessoas por mais um muro ou uma grade.
As porções de sobrecoxa desossada podem vir sem molho ou pinceladas no molho apimentado tradicional coreano.
Macarrão da casa estilo hosomen, caldo claro de frango e porco com molho shoyu, copa lombo, naruto feito na casa, ovo inteiro marinado, menma, cebolinha, alga nori e pimenta do reino.
Doce japonês feito de moti (massa de arroz glutinoso) com um morango e um recheio. Disponível nos sabores anko (doce de feijão), matcha, ninho, chocolate, sakura (cereja) e melão.
Pastel Indiano recheado com uma mistura condimentada de batata, ervilha, caju, uva passa, ervas e especiarias.
Panceta cozida em baixa temperatura servido com pepino e coentro.
Um pão no vapor com recheio de copa glaceada e molho de ostras.
Bolinho doce em formato de peixe recheado. O mais tradicional é com recheio de anko (doce de feijão).
Melon Pan é um pãozinho japonês, no formato de um melão, bem fofinho. Esse vem com crosta de biscoito de chocolate açucarado por cima e recheio com ganache de chocolate meio amargo.
Costela de boi angus desfiada, finalizada na Wok. Acompanha Gohan e gema curada.
Enrolado coreano com ovo, pepino em conserva, takuwan (nabo em conserva), cenoura e salsicha.
Cerveja tipo Lager, com lúpulo japonês Sorachi Ace, em homenagem ao personagem que foi um dos precursores das séries japonesas, nos anos 90.
Café extraído à frio, por mais de 8h horas. Proporciona uma bebida com mais doçura, corpo licoroso e redução de amargor, uma ótima opção para dias quentes.