Quem nunca sonhou em ter uma livraria de rua que também tivesse um café e vendesse plantas? Sim, certos clichês são deliciosos e universais.
Em São Paulo, uma cena relativamente nova e vibrante de livrarias independentes tem desempenhado um papel fundamental na promoção da diversidade literária da cidade. Endereços como a Megafauna, Livraria Simples ou Livraria da Tarde se destacam não apenas pela seleção cuidadosa de títulos à venda, mas também por oferecerem espaços acolhedores para eventos literários, lançamentos e encontros com autores. Na contramão da Amazon, a experiência literária ali é tátil, olfativa e sujeita aos encontros do acaso. Elas se juntam a livrarias mais tradicionais como Livraria da Vila, Martins Fontes e Livraria da Travessa na manutenção das livrarias de rua que transformam (e muito!) a vida de qualquer cidade.
Algumas delas são temáticas. Na Gato sem Rabo, que fica junto ao Minhocão, quase todos os livros à venda são escritos por mulheres, pessoas trans e travestis. Mais nova integrante da lista, a Aigo Livros foi inaugurada por três sócias de ascendência coreana, com ênfase em livros que tratam de deslocamentos/migrações. Nas estantes os livros aparecem organizados nas categorias "origens", "deslocados e descendentes", "infantil", "gastronomia", "línguas", "arquitetura e urbanismo", "viagens e expedições" e "arte'. Para indicar onde fica cada uma, foram colocadas sinalizações que levam quatro idiomas — português, espanhol, coreano e hebraico.
Nosso mapa tem ainda três livrarias voltadas exclusivamente para o público infantil: Pé de Livro, Miúda e PanaPaná.
Em quantas e quais delas você já foi? Faça seu bingo!