
A exposição com curadoria de Carollina Lauriano e Melina Romano acontece como parte do programa do LAB MR, cuja palavra norteadora neste ano é afeto, entendido aqui como condição — aquilo que nos atravessa e nos põe em relação.Reunindo Ana Matheus Abbade, Clara Benfatti, Guilherme Wentz e Thamiris Mandú, 28 trabalhos e quatro práticas exploram o traço como campo de fricção. Ana Matheus Abbade investiga o gesto como memória e política do corpo. Clara Benfatti parte do desenho e da pintura para chegar à cerâmica, onde a superfície se transforma em paisagem simbólica. Thamiris Mandú, que completa sua residência de três meses no LAB MR, transforma a argila em corpo: cada peça nasce de um ciclo de gestação, em que o barro é ventre e o fogo, rito de passagem. Guilherme Wentz, em sua primeira exposição de arte, parte de fragmentos de árvores para pensar a continuidade entre natureza e artifício.