Último concerto para piano de Beethoven, o nº 5 foi escrito entre 1808 e 1811, um momento riquíssimo no qual o compositor trabalhava em outras obras seminais como a sexta e a sétima sinfonias, a Fantasia coral e a Sonata les adieux. Apelidada “Imperador”, a obra é grandiosa e imponente, embora com passagens idílicas e de grande delicadeza. Com o Concerto nº 5, Tom Borrow conclui o ciclo de concertos para piano de Beethoven junto à Osesp.A outra parte do programa, que tem regência do maestro japonês Masaaki Suzuki, é dedicada a Pulcinella, que marca um novo momento na carreira de Stravinsky. A obra foi mais uma encomenda dos Balés Russos mas, depois da trilogia revolucionária que culminou na Sagração da primavera, de 1913, Stravinsky voltou os olhos ao passado e escreveu Pulcinella a partir de composições do século XVIII, inaugurando aquela que ficaria conhecida como sua fase neoclássica. Ouviremos a versão original da partitura, com as partes cantadas, e não apenas a suíte orquestral, que acabou se tornando a versão mais conhecida.