
A mostra “Som e Fúria” (Galeria), com texto de Tetê Lian, utiliza recursos como automação, som e movimento para discutir uma fúria relativa às experiências humanas. O título é emprestado de um dos mais importantes romances de William Faulkner (1897-1962), publicado em 1929 e marcado pelo emprego do fluxo de consciência e da narrativa não-linear. A expressão deriva também de uma fala de Macbeth (1623), na peça homônima de William Shakespeare (1565-1616), que descreve uma situação de grande tumulto, barulho e raiva sem sentido ou propósito útil. Entre os artistas estão André Komatsu (São Paulo, 1978), Chelpa Ferro, Emmanuel Nassar (Capanema, 1949), Nuno Ramos (São Paulo, 1960) e Mariana Manhães (Niterói, 1977). Destaca-se uma obra da série Ato de… (2013), de André Komatsu, que utiliza itens de segurança de obras emolduradas para fundamentar a imagem e o sistema de fixação na parede, e o trabalho do paulista Nuno Ramos, que sublima a dimensão física de processos semânticos, lidando com a sobreposição de materiais.