A mostra exibe Æqualia (2023), videoinstalação comissionada pela 14ª Bienal de Gwangju e pelo Canal Projects (Nova York). Nesse trabalho, Emilija Škarnulytė (Vilnius, Lituânia, 1987) nada no Encontro das Águas, em Manaus, utilizando o próprio corpo como referência de escala para evidenciar a imensidão do local e abordar as relações entre a natureza e o humano.A produção de Emilija Škarnulytė articula narrativas sobre a adaptação da vida humana diante da crise socioambiental, destacando paisagens que escapam ao olhar imediato. Em Æqualia, a artista encarna uma sereia que nada na confluência dos rios Negro e Solimões. Durante o percurso, botos cor-de-rosa se aproximam e acompanham a travessia, resultando em uma alusão a elementos mitológicos ligados tanto à figura da sereia quanto à do boto, central nas cosmologias amazônicas e, ao mesmo tempo, espécie hoje ameaçada de extinção.