
O grupo foi formado em 2017 na Igreja do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França, na zona leste de São Paulo, construída pela antiga Irmandade do Rosário dos Homens Pretos, descendentes africanos mantidos em regime de escravidão no século XVIII. O espaço, tombado pelo CONDEPHAAT desde 1982, é um patrimônio da luta das culturas populares afro-brasileiras e segue sendo foco de resistência.Transcendendo suas paredes, o grupo se inspirou na tradição das pastoras do samba e agregou a essas rodas a influência de congadas e moçambiques - primeiro com participações especiais, como as feitas com Alessandra Leão, Emicida, Mateus Aleluia e depois com um disco autoral lançado pelo Selo Sesc, Da Nebulosa ao Brilho. As Pastoras propõem um show onde o ressoar do tambor ocupa o mesmo plano que seus cantos. Sagrado ao Batuque é um grito de libertação e união, trazendo em si o valor ancestral, onde, como um rio, a palavra infiltra nas entranhas do nosso sentir, produzindo momentos de celebração e contentamento.