
Ònà Irin: caminho de ferro, é a exposição individual da artista baiana Nádia Taquary, com curadoria de Amanda Bonan, Ayrson Heráclito e Marcelo Campos. A mostra destaca a pesquisa de Taquary sobre o universo afro-brasileiro e a presença feminina nos mitos de criação de matrizes iorubás.Entre esculturas, objetos-esculturas, instalações e uma videoinstalação, a mostra reúne 22 obras produzidas em diferentes momentos da carreira da artista, que iniciou sua trajetória em 2010 pesquisando a joalheria afro-brasileira e, em especial, as pencas de balangandãs, conjuntos de pingentes metálicos usados por mulheres negras escravizadas e libertas na Bahia dos séculos XVIII e XIX, que reuniam símbolos de fé, proteção e prosperidade, funcionando também como formas de resistência e autonomia. Desde então, sua produção expandiu-se para instalações e esculturas de grande escala, em que o sagrado e o feminino se manifestam em formas híbridas, com materiais como búzios, miçangas, palhas e metais.