A quem é dado o direito de inventar mundos? Quais origens de mundo conhecemos? Que mitos constituem nosso inconsciente colonial? Que outros mundos já existem entre nós? Imaginar um mundo é desejo ou privilégio? A imaginação de tudo importa. Sistemas políticos de dominação foram imaginados, desejados e ficcionados ao longo de séculos por modos de vida supremacistas e seguiram retroalimentados por eles. O teatro é uma tecnologia de invenção de mundos. Nós acreditamos na fabulação como prática de vitalidade, friccionando mundos dentro e fora de nós na produção de imagens, corpos, narrativas, forjando nova imaginação coletiva. Este é um projeto que coloca o teatro no epicentro da engrenagem de invenção de modos de vida que reexistem às inúmeras formas de massacre colonial, desse e de outros tempos.