A exposição individual de Marcos Chaves apresenta trabalhos inéditos em tapeçaria do artista carioca, além de três objetos, dos quais duas obras são da década de 90. A mostra toma partido de uma intervenção realizada pelo artista em 2013 na Fundação Eva Klabin, no Rio de Janeiro, na qual Chaves apresentou tapetes que eram réplicas fotográficas de detalhes de tecidos da coleção da Fundação. Em Sangue Azul, Marcos Chaves posiciona nas paredes as tapeçarias inéditas em tons de vermelho que reproduzem fotografias feitas pelo artista do chão de carpetes de locais históricos europeus, como o Palazzo Doria Pamphili, construído em Roma, no século 16; a escadaria que leva ao único trono existente de Napoleão Bonaparte (1769-1821), no Castelo de Fontainebleau, na França, que data dos primórdios do século XII, e era residência dos reis franceses; e a Ópera Garnier, projetada durante o reinado de Napoleão III (1808-1873), o décimo-terceiro palácio a abrigar a Ópera de Paris, fundada por Luís XIV. No piso de uma das salas da galeria, o artista cobrirá toda a superfície do chão com uma versão em grande escala do tapete que originou a pesquisa em 2013.