Cálculo para beijar o magma é a exposição inédita da artista mineira Luana Vitra, em São Paulo, na Mitre Galeria. Com texto crítico da pesquisadora Ariana Nuala, a mostra reúne esculturas, desenhos e colagens que observam os limites entre corpo e materialidade. A abertura acontece em plena semana da SP-Arte Rotas, um dos momentos mais pulsantes do calendário das artes na capital paulista.O ferro é o eixo central da pesquisa de Vitra – elemento vital presente no corpo humano, responsável por transportar oxigênio via hemoglobina, e também nas estrelas, que o geram até seu colapso em supernovas ou buracos negros. Em suas mãos, o ferro deixa de ser apenas matéria-prima: torna-se elo entre vida, natureza, ciência e cosmos.Ao mesmo tempo, o material carrega o peso histórico de Minas Gerais, terra natal da artista, onde a mineração, desde o período colonial, estrutura economias e territórios por meio da extração e da violência.