Com uma ampla pesquisa sobre a mulher negra como protagonista da cena e o corpo como vetor artístico, a atriz mineira Danielle Anatólio desenvolveu, em 2016, o solo Lótus. Na trama, a partir da pergunta-chave “O que você vê quando olha para uma mulher negra?”, o público encontra histórias tradicionalmente invisibilizadas. Em cena, ao longo de 60 minutos, os espectadores são confrontados com três figuras femininas: a ancestral, a erê (criança) e uma mulher preta contemporânea. Para a preparação física, a artista-criadora utilizou a dança afro contemporânea. Ao mesmo tempo, a trilha sonora mescla a musicalidade afro-mineira, com os tambores do Congado Mineiro, e uma percussão ao vivo que toca o barravento de Iansã e o ijexá de Oxum.