
La Chola Poblete produz performances, desenhos, fotografias e vídeos em que parte de seu corpo e biografia para discutir as complexidades da identidade chola — termo usado para designar mulheres mestiças de ascendência indígena na América Latina — e os legados coloniais na região Andina, incluindo a violência contra a população LGBTQIA+ e grupos racialmente marcados, dos quais ela faz parte. A mostra é composta por muitas obras inéditas e em diferentes mídias, como aquarelas de grandes dimensões que funcionam como mapas mentais, fotografias encenadas e trabalhos que misturam a iconografia pop com o imaginário pré-colombiano. O projeto, baseado em um manifesto da artista, questiona as categorias de enquadramento de seu corpo e obra, afirmando identidades híbridas e a possibilidade de transformação e fluidez contínuas.