Na mostra, a artista exibe pinturas que exploram as forças que movem o fazer artístico — como o amor, o desejo, o luto e os vazios — e os vestígios que permanecem após essas experiências atravessarem o corpo. Enquanto pulsão representa o impulso inicial, a necessidade sem nome que move o gesto, rastro é a marca deixada no mundo, quando a tinta registra, como um sismógrafo, intensidades entre o que pode e o que não pode ser dito.Em todas as obras, a artista trabalha a partir do chão, em escala diretamente relacionada ao corpo, permitindo que o pincel opere como extensão do corpo.Entre delicadeza e vigor, erotismo e agonia, suspensão e dinamismo, as pinturas devolvem ao espectador superfícies-espelho, capazes de fazer emergir imagens e afetos latentes, não como ilustração do vivido, mas como transfiguração contínua da experiência no presente da pintura.