
O artista Jesús Soto foi um dos nomes mais importantes da arte cinética, sendo um dos expoentes do modernismo latino-americano em um cenário global. Em suas obras, Soto introduziu a sensação de movimento e a participação do espectador, como em seus “Penetráveis”, além de incorporar fenômenos ópticos pela sobreposição de planos e transparências. Dissolvendo as fronteiras rígidas entre observador e obra, o artista contribuiu de maneira decisiva para o debate de questões teóricas que permanecem atuais, como as noções de imaterialidade, interação e virtualidade. A exposição destaca a produção de Soto entre o início da década de 1950 e o final dos anos 1980, período em que o artista se debruçou de modo mais experimental sobre as experiências ópticas, geométricas e interativas.