A Galatea apresenta a nova exposição individual da artista Gabriella Marinho. Com texto crítico assinado pelo curador Matheus Morani, a mostra reúne obras inéditas, entre esculturas em porcelana e pinturas, que investigam os limites entre espaço e território, a partir de uma abordagem poética e ritualística ancorada nas religiões de matriz africana.A artista costuma ter o barro e a terra como ponto de partida, de um ponto de vista tanto material quanto filosófico. No entanto, esta é a primeira vez que a artista realiza um projeto centrado na porcelana – um material carregado de significados e que, na mostra, dialoga diretamente com a simbologia de Oxalá, importante orixá da cosmologia afro-brasileira, um dos mais antigos do panteão do candomblé, e figura central em sua história pessoal.A exposição destaca uma outra visão do que entendemos por caminho percorrido, enviesando conceitos de espiritualidade e o circular como algo metafórico em nossas vidas, e como isso é tratado nos rituais de matriz afro-brasileira. O título, Rastro luminoso, remete ao caminho percorrido por animais como o caramujo, que secretam muco ao se locomoverem, especialmente em superfícies lisas. O caramujo, inclusive, sendo uma das representações de Oxalá.