O espetáculo conta a história do palhaço Suspiro e suas lembranças, personificadas em um casaco e um chapéu que ganham vida por meio da técnica da manipulação. A solidão, a falta de afeto e o isolamento social em um mundo hiperconectado são causa e consequência de uma série de abandonos em nossas relações sociais. A mala que Suspiro carrega traz memórias esquecidas: um casaco, um chapéu e uma sanfona que, aos poucos, vão acionando as lembranças e conduzindo o público para dentro da imaginação do palhaço. O uso do gramelô (uma língua inventada, sonora e expressiva) é outra proposta da encenação, que busca dialogar com o público por meio de outras formas de comunicação, colocando a imaginação como construtora dessa história.