Inspirado na palestra homônima do psiquiatra brasileiro Ângelo Gaiarsa sobre as necessidades humanas, Olha pra mim mergulha na intimidade do olhar – o risco, o refúgio e a busca por um pertencimento. A pesquisa corporal explorou a relação do corpo com o desconhecido e com o contato físico, a partir do encontro entre dois corpos. Nesse processo, um novo território se revela, trazendo à tona possibilidades inéditas e atravessamentos. A vivência dos intérpretes se desvela no palco de forma hipnótica, estabelecendo uma dinâmica de olhar e ser olhado, na qual o público se torna parte integral da obra. O espetáculo revela a vulnerabilidade do ser por meio da dramaturgia corporal dos artistas, em danças fluidas e íntimas, que insinuam um desejo primário pulsante na inquietude das relações humanas.