O Centro MariAntonia da USP recebe a exposição Alfredo Bosi: entre a crítica e a utopia, realizada em parceria com o Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP). Com curadoria de Viviana Bosi, professora de literatura e filha de Alfredo e Ecléa Bosi, a mostra parte do acervo do historiador da cultura, professor e crítico literário para iluminar aspectos de uma trajetória marcada por fortes compromissos éticos na vida pessoal, acadêmica e na militância. No dia 21, às 18 horas, uma mesa-redonda marcará a abertura da exposição. Participarão Alcides Villaça (FFLCH-USP), Pedro Meira Monteiro (Universidade de Princeton, EUA) e Augusto Massi (FFLCH-USP), três ex-alunos, orientandos e amigos de Bosi, hoje professores de literatura brasileira. Além deles, também participarão o diretor e a vice-diretora do IEA, Guilherme Ary Plonski e Roseli de Deus Lopes, e o diretor e vice-diretora do Centro MariAntonia da USP, José Lira e Ana Castro.. A mediação será feita por Viviana Bosi. Após as falas, haverá confraternização para celebrar a inauguração da exposição. A escolha do edifício Rui Barbosa do Centro MariAntonia como local da exposição não é fortuita. Foi nesse endereço que, entre os anos 1955 e 1959, Alfredo Bosi frequentou o curso de letras neolatinas da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, onde teve seu primeiro contato com autores fundamentais para a formação de seu método crítico. Foi no prédio histórico também que, de volta ao Brasil após cumprir uma bolsa de estudos em Florença, na Itália, o crítico começou a dar aulas de literatura italiana durante os anos 1960, período em que o golpe militar de 1964 e os eventos de 1968 levaram-no a aprofundar-se na literatura nacional em busca de momentos de insubordinação aos discursos de dominação. A História concisa da literatura brasileira (1970), escrita a pedido do poeta, tradutor e, à época, editor José Paulo Paes, é resultado dessa investigação.