O que há dentro do ovo? O que há além do que podemos nomear? Em um fluxo de consciência intenso e enigmático, Ana Hartmann dá vida a um monólogo que mergulha no mistério da existência, a partir da prosa visceral de Clarice Lispector.Neste espetáculo, o ovo deixa de ser apenas um objeto e se torna um símbolo insondável, um convite ao desconhecido. A linguagem escapa das amarras lógicas e conduz o público a uma experiência sensorial, em que a palavra se desfaz para dar lugar à inquietação, ao silêncio e ao indizível.O OVO E A GALINHA dialoga com o espaço singular do Teatro Oficina, revisitando suas possibilidades cênicas e descobrindo novas maneiras de habitá-lo. O ovo torna-se um eixo de investigação para olhar novamente para esse território, traçando conexões entre sua arquitetura viva e o que está por vir: o Parque do Bixiga. A relação com a cesalpina e a terra ressoa como um eco dessa travessia, expandindo os sentidos e preparando o solo para novas existências.